Vasp volta a operar com vôos em São Paulo e Fortaleza

Depois de 72 horas sem vôos, a Vasp voltou a operar nesta segunda-feira no Aeroporto Internacional de Salvador. Segundo funcionários da companhia aérea, seis vôos estão previstos para hoje: três durante o dia e outros três durante a noite, mas os destinos não foram informados. Pela manhã, um avião que veio de São Paulo fez escala em Salvador e seguiu para Fortaleza.

Fonte: Globo Online

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Depois de 72 horas sem vôos, a Vasp voltou a operar nesta segunda-feira no Aeroporto Internacional de Salvador. Segundo funcionários da companhia aérea, seis vôos estão previstos para hoje: três durante o dia e outros três durante a noite, mas os destinos não foram informados. Pela manhã, um avião que veio de São Paulo fez escala em Salvador e seguiu para Fortaleza.

Em São Paulo, alguns vôos da Vasp com embarque no Aeroporto Internacional de Guarulhos foram mantidos. Os funcionários que atendem no telefone de informações da empresa aérea no aeroporto de Guarulhos afirmaram nesta segunda-feira que seis vôos foram cancelados e também não souberam informar o motivo. No Aeroporto de Congonhas não há nenhum vôo da companhia aérea Vasp programado para esta segunda-feira. Segundo funcionários do balcão de informações da Vasp, a ponte aérea Rio-São Paulo, vôo 4004, não é vendida há alguns meses e nenhum outro vôo da Vasp em Congonhas está operando em janeiro. Eles não souberam informar o motivo, apenas que a os vôos da ponte-aérea Rio-São Paulo voltariam a ser operados em 3 de fevereiro. Segundo a Infraero, a empresa não está operando no terminal de Congonhas desde o início do ano.

No domingo, a direção da Vasp negou que a empresa tenha cancelado seus vôos em todo o país. Em nota oficial, a empresa sustenta que a paralisação é parcial e só atinge "eventualmente" os vôos com menos de 50% da ocupação. A empresa diz que a situação é normal e que permanecerá em atividade. O Departamento de Aviação Civil (DAC) cobraria formalmente explicações da empresa nesta segunda-feira.

"A Vasp informa que continua sua operação com normalidade, determinando eventualmente apenas o cancelamento daqueles vôos com menos de 50% de ocupação. A companhia manterá suas operações dentro do quadro acima descrito e prosseguirá suas atividades em caráter normalíssimo", diz um trecho da nota.

No mesmo texto, a empresa lamenta "algum transtorno que as medidas atualmente exigidas pela reestruturação que está implementando tenha causado a seus passageiros e usuários".

A Vasp confirma ainda o atraso no pagamento dos salários de seus empregados, mas diz que a dívida será quitada o mais breve possível. A empresa não fixa, no entanto, data para cumprir o compromisso. A companhia também negou no domingo que tenha comunicado ao Departamento de Aviação Civil (DAC) a suspensão total dos vôos da companhia.

Segundo a presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Graziela Baggio, a decisão da Vasp de cancelar todos os vôos foi tomada na noite da última sexta-feira, quando as bases da tripulação da empresa nos aeroportos teriam sido comunicadas pelo próprio presidente da companhia, Wagner Canhedo. O empresário estivera em reuniões e em contatos com outros acionistas durante a madrugada de sexta-feira, quando foi concluído que a empresa não tinha condições financeiras de manter os vôos previstos.

Segundo Graziela, que é funcionária da Vasp, estavam trabalhando para a manutenção dos vôos cancelados 350 tripulantes e 850 aeroviários, grupo ao qual a Vasp deve ainda o salário de dezembro e metade do décimo terceiro. Ela disse ainda que outros 450 aeronautas e cerca de três mil, que trabalham em terra estão de licença compulsória, sem vencimentos. A presidente do SNA disse que os trabalhadores vão a Brasília pedir a mediação do governo para um encontro entre os acionistas e os funcionários. De acordo com Graziela, a empresa ordenou no domingo que todos os funcionários retomem suas bases, mas não foi bem sucedida ao tentar buscar orientações junto ao DAC.

No Rio de Janeiro, o guichê da companhia no Aeroporto Santos Dumont amanheceu fechado no domingo. No sábado, oito vôos foram cancelados na capital fluminense. No Aeroporto Internacional Tom Jobim, não sabiam informar o motivo do cancelamento e, a quem buscava informação no balcão da empresa, davam apenas a resposta padrão: "problemas operacionais". Os vôos de domingo e segunda-feira também foram cancelados.

Em São Paulo, nenhum avião da Vasp decolou no domingo do Aeroporto Internacional em Guarulhos. Pela manhã, quatro vôos foram cancelados: os vôos de ida e volta para Foz do Iguaçu, uma saída para Recife, e uma chegada do Rio de Janeiro. Neste sábado, todos os vôos da empresa foram cancelados no país. Em Salvador, passageiros da companhia foram informados de cancelamento por 72 horas ainda no sábado no Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães. Estavam previstos vôos para Aracaju, Recife, Natal, Fortaleza, Maceió, São Paulo e Brasília.

No sábado, um oficial do Comando da Aeronáutica afirmou que cobraria da Vasp explicações formais para saber se a paralisação é temporária ou definitiva. Pela legislação em vigor, se a maioria dos vôos permanecerem suspensos por mais de 180 dias a Vasp poderá perder a concessão para operar com linhas aéreas no país.

Os passageiros que tiveram seus vôos cancelados poderão fazer queixas no DAC ou na Justiça. Segundo a Aeronáutica, a empresa é obrigada a encontrar vagas em aviões de outras companhias para seus clientes que compraram passagens dos vôos cancelados. As outras companhias não endossaram bilhetes dos vôos cancelados pela Vasp. Os passageiros foram orientados pelos funcionários da empresa a procurar a central de reservas e escolher uma das três opções: remarcar a viagem para nova data, obter o reembolso em uma das lojas ou deixar o bilhete em aberto.

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