Vaccari é réu e D' Urso defende

Justiça aceita denúncia contra tesoureiro do PT e outros cinco no caso Bancoop, para D' Urso a denúncia é uma "aberração"

Fonte: Marcele Tonelli/ Jornal Jurid

Comentários: (2)





A juíza Patrícia Inigo Funes e Silva, da 5ª Vara Criminal da capital, acatou, nesta quinta-feira, a denúncia formulada pelo promotor de Justiça José Carlos Blat que aponta os ex-digentes da Cooperativa Bancoop culpados por supostos desvios de R$ 68 milhões dos e prejuízos no montante de R$ 100 milhões a cerca de 3 mil cooperados que não receberam unidades habitacionais.


Na ação, tornaram-se réus o tesoureiro do PT e ex-presidente da Bancoop, João Vaccari Neto, e Ana Maria Érnica, diretora-financeira da cooperativa, além de um ex-diretor administrativo-financeiro, uma advogada e duas sócias de empresas ligadas à cooperativa. Eles são acusados por formação de quadrilha, estelionato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. A juíza também decretou, a pedido do MP, a quebra dos sigilos bancários e fiscal de Vaccari Neto e de Ana Maria Érnica, mas indeferiu o pedido de bloqueio de bens dos dois e de um terceiro réu.


Sobre os bens jurídicos em questão, ou seja, o sigilo bancário e fiscal e a suposta pratica dos delitos, a Juíza avalia que "a medida não viola a intimidade individual dos réus, pois há fundamentação adequada, baseada na fundada suspeita da prática delituosa". A juíza pontua que "a ordem excepcional busca complementar a prova já produzida, sendo relevante e imprescindível para o esclarecimento dos fatos atribuídos aos acusados".


Entretanto, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em São Paulo, Luiz Flávio Borges D'Urso,que  atua no caso como advogado de Vaccari e Ana Maria Érnica, afirmou que vai pedir a improcedência de todas as acusações sobre seus clientes.


De acordo com o presidente da OAB em São Paulo, "a denúncia é uma aberração jurídica porque imputa a Vaccari um elenco de crimes, inclusive estelionatos aos milhares, e cita pessoas que já morreram, uma excrecência. Vamos demonstrar que essa acusação não procede. Vaccari não teme a quebra do sigilo. Ele é inocente."

Palavras-chave: Denúncia Crime Réu Vaccari D'Urso Defesa.

Deixe o seu comentário. Participe!

noticias/vaccari-e-reu-e-d-urso-defende

2 Comentários

cooperado vitima bancoop01/11/2010 12:27 Responder

PARABENS AO MPSP POR TER UM PROMOTOR ENTRE TANTOS OUTROS COM ESSE GABARITO Espetacular trabalho DA promotoria criminal! Durante 3 anos investigou analisou e apresentou a denuncia, foi criticado obviamente Porque estava mexendo numa caixa de marimbondos, parabens ao MPSP. Sorte das vitimas da bancoop, terem cruzado com um promotor e professor no assunto ================================================== 28/10/2010 - 17h51 Justiça quebra sigilo bancário e fiscal de tesoureiro do PT http://www1.folha.uol.com.br/poder/821897-justica-quebra-sigilo-bancario-e-fiscal-de-tesoureiro-do-pt.shtml ================================ 25/10/2010 - 22h09 Relatório final de CPI pede intervenção na Bancoop http://www1.folha.uol.com.br/poder/820219-relatorio-final-de-cpi-pede-intervencao-na-bancoop.shtml ====================================== 19/10/2010 - 12h38 Promotor apresenta denúncia contra tesoureiro do PT por desvios DA Bancoop http://www1.folha.uol.com.br/poder/816782-promotor-apresenta-denuncia-contra-tesoureiro-do-pt-por-desvios-da-bancoop.shtml ============================================ O sucesso na empreitada viria...nao foi facil mas veio...

coop reporter07/09/2011 21:17 Responder

Ministério Público pedirá intervenção na Bancoop Conselho Superior do MP decidiu que Promotoria de Cidadania entrará com ação na Justiça contra direção da cooperativa habitacional André Vargas João Vaccari Neto teve sigilo bancário quebrado a pedido do MP João Vaccari Neto teve sigilo bancário quebrado a pedido do MP (Lula Marques/Folhapress) Em votação unânime, o Conselho Superior do Ministério Público do Estado de São Paulo determinou que a Promotoria do Consumidor entre na Justiça com uma ação civil pública pedindo a intervenção na direção da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop). A Bancoop é suspeita de uma série de irregularidades, incluindo desvio de verbas para financiamento de campanhas políticas do PT. Cerca de 11 000 pessoas foram prejudicadas pela gestão suspeita da Bancoop. Cerca de 50 milhões de reais sumiram da contabilidade da cooperativa. Ex-presidente da Bancoop e tesoureiro afastado do PT, João Vaccari Netto teve seu sigilo bancário dos últimos dez anos quebrado a pedido do Ministério Público. Ele é o principal suspeito da operação de desvio do dinheiro dos cooperados, que deveria servir para erguer prédios residenciais. A reunião foi encerrada por volta das 15h45 da tarde desta terça-feira, com um placar de dez votos a zero pela intervenção. Os integrantes do conselho seguiram o voto do relator, procurador Edgard Moreira da Silva. O conselho pede a intervenção com o objetivo de pedir a dissolução da Bancoop por desvio de finalidade. ?É um alívio?, diz Marcos Migliaccio, que comprou um imóvel da cooperativa. Ele é um dos líderes da associações de cooperados. O promotor José Carlo Blat, encarregado da investigação criminal do caso, afirmou que quem sairá ganhando, caso a Justiça acate o pedido do Ministério Público, serão as vítimas. ?Vão cessar as tentativas de acordos prejudiciais e haverá a possibilidade de indenização?, comentou.

Conheça os produtos da Jurid