SP e Rio não fiscalizam lei seca na chuva
"Não podemos fazer operações em dias como esses e colocar a pessoa em constrangimento de sair do veículo e ficar na chuva para soprar o bafômetro", afirma o tenente-coronel da Polícia Militar Emilio Panhoza, responsável pela fiscalização em São Paulo. No Rio, a explicação é dada por Carlos Alberto Lopes, subsecretário de Governo e coordenador da Operação Lei Seca na capital fluminense: "As polícias Militar e Civil, que são especialistas na hora do bafômetro, desaconselham que a gente monte operações em dias de chuva. O trânsito nesses dias está tumultuado, a visibilidade é ruim e a pista escorregadia".
Apesar do afrouxamento na fiscalização, São Paulo apresenta números crescentes relativos a veículos abordados e multas a condutores embriagados. Confira os dados no quadro abaixo, e também números do Rio.
Cotidiano - Em São Paulo, segundo o tenente-coronel Panhoza, as operações são feitas diariamente. O ponto alto da repressão ao hábito de dirigir embriagado, contudo, acontece entre quinta-feira e domingo, quando as blitzs ficam situadas em "pontos estratégicos" da cidade, grandes vias próximas a regiões de bares, entre 22h e 3h da manhã.
No Rio, a ação do governo estadual fiscaliza as principais rotas da cidade. A escolha, segundo Lopes, foi determinada devido o aumento do número de ocorrências. "Em 2008, cerca de 2.500 pessoas morreram e outras 30.000 ficaram feridas em acidentes de trânsito. Com isso resolvemos lançar essa operação de segunda a segunda: só nos primeiros 12 dias, registramos uma diminuição de 22,15% nos atropelamentos", diz. A campanha fluminense conta com ações de educação em bares, restaurantes e blitz com a presença de cadeirantes que foram vítimas de acidentes de trânsito.