O projeto "Soldado Cidadão", cujo objetivo é qualificar os 100 mil soldados que se alistaram nas Forças Armadas ? Exército, Marinha e Aeronáutica ?, "é uma grande iniciativa" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A avaliação foi feita nesta terça-feira (10) pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Edson Vidigal, após a cerimônia de lançamento do projeto no QG do Exército, em Brasília.

Para o presidente do STJ, o governo dá um passo na solução daquilo que considerou "situação social que se agrava". A proposta central consiste em cursos profissionalizantes para que, quando da baixa no serviço militar, os jovens que se alistaram em 2004 deixem os quartéis com uma profissão e o encaminhamento para o mercado de trabalho. O sistema "S" ? Sesi, Senai e Senac ? se encarregará dos cursos.

O presidente Lula, em discurso, destacou que o "Soldado Cidadão" faz parte da proposta do governo federal da criação do primeiro emprego. O presidente da República destacou no pronunciamento o fato de as Forças Armadas, depois de um intervalo de 15 anos, ter atingido a marca de 100 mil novos soldados no serviço militar. "O meu governo está comprometido com a formação profissional da nossa juventude", destacou o presidente.

O lançamento do "Soldado Cidadão" ocorreu no QG do Exército, no Setor Militar Urbano (SMU), em Brasília. No início da cerimônia, o presidente Lula passou em revista as tropas do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP). Depois, Lula se dirigiu ao palanque oficial, onde, na companhia de ministros de Estado, de oficiais militares e do presidente do STJ, assistiu ao desfile da tropa.

No auditório o presidente Lula recebeu uma placa em homenagem à iniciativa. O comandante do Exército, general Francisco Roberto Albuquerque, lembrou que a proposta de profissionalização dos soldados foi feita pelo presidente da República e que se tornava realidade nesta terça-feira. O general Albuquerque foi sucedido pelo ministro da Defesa, José Viegas, que também destacou a importância do projeto.

Para uma platéia formada basicamente por oficiais e novos soldados, Lula declarou sua frustração por não ter prestado o serviço militar. Comentou que até se alistou, mas foi dispensado pelo "excesso de contingente". Agora, segundo o presidente, no seu governo coube atingir a marca histórica de 100 mil soldados nas três armas.

A primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva foi homenageada com um buquê de rosas. Estiveram na solenidade os ministros Ricardo Berzoini (Trabalho), Aldo Rebelo (Secretaria de Coordenação Política e Assuntos Institucionais), Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Tarso Genro (Educação), Luiz Gushiken (Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica), Jaques Wagner (Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), general Jorge Félix (Gabinete de Segurança Institucional), além dos comandantes da Marinha, almirante-de-esquadra Roberto de Guimarães Carvalho, e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Luiz Carlos da Silva Bueno.


Roberto Cordeiro