Sinsprev vai recorrer da decisão e avisa que greve continua

Fonte: Folha Online

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O Sinsprev (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência) vai recorrer da decisão da juíza Maria Lúcia Lencastre Ursaia, da 3ª Vara Federal Cível de São Paulo, que determinou ontem o retorno de 60% dos servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) do Estado de São Paulo ao trabalho. A categoria participa de uma greve nacional, iniciada na quinta-feira passada.

Para o Sinsprev, a exigência de manter um percentual mínimo de 60% de atividade já está sendo cumprindo, já que o INSS permite que uma série de serviços sejam efetuados por telefone ou internet.

O sindicato também informa que a greve não afetou o pagamento dos aposentados e que as perícias agendadas estão sendo realizadas ou remarcadas. Além disso, procuradores, fiscais e médicos peritos do INSS estão trabalhando normalmente.

Segundo o Sinsprev, a greve dos servidores do INSS de São Paulo faz parte de um movimento nacional. Justamente por isso, a categoria espera por um acordo com o governo federal.

Os servidores do INSS protestam contra a proposta de reajuste salarial oferecida pelo governo federal de apenas 0,1%. A categoria reivindica reposição emergencial de 18% --índice correspondente às perdas acumuladas no governo Lula-- e a recomposição das perdas registradas na gestão de Fernando Henrique Cardoso.

Em São Paulo, o INSS conta com cerca de 8.000 funcionários, que estão distribuídos em 163 agências. Pelos cálculos da superintendência do INSS em São Paulo, a greve fechou ontem 50% das 163 agências localizadas no Estado.

Na sua decisão, a juíza reconhece o direito de greve dos funcionários públicos, mas afirma que ele "só poderá ser exercido mediante a garantia de manutenção dos serviços públicos relevantes".

O Ministério Público Federal, autor da ação que deu origem à decisão da Justiça, quer evitar que a população sofra com os fechamentos das agências do INSS. Só em São Paulo 167.875 pessoas deixaram de ser atendidas até ontem.

Negociação

Os servidores do INSS devem se reunir hoje com o presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE). No encontro, o funcionalismo deve pedir apoio para a greve nacional da categoria.

"Queremos apoio ao movimento e ajuda nas negociações com o governo", disse Pedro Totti, diretor da Fenasps (federação que reúne trabalhadores da Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social).

Segundo ele, os grevistas não conseguem agendar um novo encontro com o governo.

Pelos cálculos da Fenasps, a greve atingiu ontem 80% da categoria no país. A Previdência, por sua vez, informou que só 25,1% das agências foram fechadas pela greve.

O Sinsprev marcou uma assembléia para as 9h de amanhã na Câmara Municipal de São Paulo, na região central, para avaliar os rumos do movimento.

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