Severino: Deputado que for contra reajuste do salário, que peça para não receber

Fonte: Globo Online

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Ao chegar ao Congresso no início da tarde desta quarta-feira, o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, manteve seu compromisso de reajustar os salários dos deputados e propôs que os parlamentares que têm criticado o reajuste façam uma carta renunciando ao aumento. O compromisso de campanha do novo presidente da Câmara foi equiparar os salários dos deputados aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Ele afirmou que o compromisso terá de ser cumprido.

Severino Cavalcanti informou ainda que, na conversa por telefone com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele destacou que foi eleito por uma maioria silenciosa da Casa, que não quer continuar sem voz. Segundo ele, há várias coisas que precisam ser feitas, como ações direcionadas a pequenas empresas e ao setor agrícola. Ele afirmou, no entanto, que não será um empecilho para o governo Lula.

O presidente da Câmara ponderou que o governo tem procurado agir em algumas áreas e tem obtido resultados positivos, especialmente no setor rural. Severino elogiou o trabalho do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, e disse que o resultado tem sido o aumento da produção rural no país.

Severino deve se encontrar na quinta-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O encontro, porém, ainda não foi agendado. Nesta quarta-feira, ele recebeu o ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, que saiu sem falar com a imprensa.

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6 Comentários

Renato D. de Carvalho comerciante17/02/2005 11:04 Responder

Lamentável a afirmação do novo presidente da Câmara, sr Severino Cavalcanti no tocante aos aumentos. Isso sim é que é legislar em causa própria. Eu quero o aumento e quem achar que isso é errado, que fere o bom senso da maioria da população brasileira, que afronta os míseros rendimentos dos assalariados e pensionistas, QUE FAÇAM UMA CARTA RENUNCIANDO AO AUMENTO. É, é por essas e outras que o Brasil não endireita. Quem devia dar o exemplo realmente o dá, mas na contramão daquilo que prometeu quando lá queria chegar, pois com certeza na campanha ele IRIA privilegiar os mais fracos, acabar, ou tentar, com a miséria e sofrimento que permeia a classe menos favorecida. È não é desta vez que este barco terá um timoneiro à altura. Espero com fé que nas próximas eleições não nos esqueçamos disso.

Alfredo Leôncio Dias Neto advogado17/02/2005 11:42 Responder

Meu comento é sobre outro aspecto. É indisfarçável, pois o próprio Severino diz que o mote de sua camapnha foi o aumento do "salário" dos deputados (12 para 21 - apenas uma inversão de números), bem como 3 meses de férias. Isto a grosso modo implica em um mandato inteiro cerca de R$ 450 mil por parlamentar. Como fica aquela leizinha de compra de votos que estabelece em seu artigo 41-A a cassação do diploma, etc. para quem compra votos através da promessa de qualquer espécie de vantagem? Só vale para candidatos à prefeito e vereadores ou melhor no ralacionamento simples entre eleitor e candidato. Com a palavra o TSE e os TRE.

Cláudio José Seibt aposentado17/02/2005 19:14 Responder

Decisões e negociatas dessa ordem são uma vergonhosa afronta aos cidadãos "comuns". Não só estimulam a corrupção e a bandidagem como adoecem física e psicologicamente a população brasileira, vez que lhe retira a esperança de um dia ter dias melhores. Isso é uma traição àqueles eleitores que ainda se iludem com o "cumprimento do dever" nos dias de eleições.

Gilberto Fonseca advogado17/02/2005 19:58 Responder

Um velho filósofo, antes de se tornar presidente já dizia que no congresso haviam 300 picaretas. Parece que contniuam lá.

Elionai Mendes Pessoa estudante de direito17/02/2005 21:32 Responder

Como diria o meu amigo Boris: "Isto é uma vergonha". Não consigo compreender como a imprensa, opinião pública ou a própria sociedade como um todo ainda não levantou a voz em protesto a proposta do recente eleito presidente da Câmara dos Deputados Exmo. Sr Severino Cavalcanti, proposta tal que preve reajuste para os deputados federais, o que acarreta reajuste tembém para os estaduais e para os vereadores. Olha num país sério onde se condiciona o não aumento do salário mínimo ao medo da quebra da Previdência, cortes de gastos como medida de contenção de despesas se realmente for aprovado tal reajuste será mais uma prova que continuam a dirigir o país os latifundiários, os interesses de grupos políticos. Vamos ver se agora ao menos uma vez se mostra alguma coerência da base governista ou de alguns comprometidos realmente com o interesse do povão para levantar essa questão na imprensa e demonstrar alguma dignidade, que nós do povão já estamos cansados de tanta incoerência política.

Maria de J.Miranda de Sena Funcionária Pública17/02/2005 21:41 Responder

Assistindo à posse do Presidente eleito para conduzir os trabalhos de Câmara do Deputados, Sr. Severino - com a palavras os senhores Deputados que o elegeu ouvi a assistir uma espetáculo de horror, cuja bocalidade supera as trincheiras do ser humano do "mau", o que é pior fomos nós que os colocamos lá. Vejam que o Pres. da Camara prometeu dinheiro público aos seus colegas se o elegesse, por meio de aumento de salário enquanto fazemos companha para acabar com a fome no pais, enquanto crianças indígenas morrem esquelética e a violência cuja razão atribua à faltas de educção e pespecitva no futuro...Indignada fiquei e mais ainda pela segregação ideológica que tive o desprazer de presencia naquele momento quando deputados de Pernanbuco dizia que agora com um Pres. de Camara do Nodeste seria resolvido o problema da seca nordetina, como se o governo Federal não se preocupasse com isso e parecendo até que aqueles pessoas não estiveram na sua maioria por anos a fio. Lamentável o ocorrido.

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