Seminário Internacional debate no STJ lavagem de dinheiro

O presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Edson Vidigal, iniciou nesta manhã a solenidade de abertura do "Encontro Internacional de Combate à Lavagem de Dinheiro e de Recuperação de Ativos", que acontece até amanhã, dia 2, no auditório do STJ.

Fonte: Notícias do Superior Tribunal de Justiça

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O presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Edson Vidigal, iniciou nesta manhã a solenidade de abertura do "Encontro Internacional de Combate à Lavagem de Dinheiro e de Recuperação de Ativos", que acontece até amanhã, dia 2, no auditório do STJ. O encontro, que visa debater a importância da luta internacional de prevenção e combate à lavagem de dinheiro, é uma parceria entre o Governo Federal, o Banco do Brasil e o Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC).

Acompanhado do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, entre outras autoridades, Edson Vidigal deu as boas-vindas aos cerca de 500 participantes do evento destacando a importância de iniciativas dessa natureza, num momento em que o crime organizado transpõe todas as fronteiras nacionais e desafia todos a repensar o conceito de soberania.

Segundo o presidente do STJ, nada corrói mais os alicerces do estado democrático de direito do que a lavagem de dinheiro, um dos grandes ramos do crime organizado. Ele afirmou que os criminosos transnacionais se escondem atrás de políticos, de governos, de magistrados e de todos aqueles que detêm uma parcela de poder, e que sua atuação está tão intrincada na estrutura governamental que o crime organizado hoje "só não assalta bancos, mesmo porque é capaz de comprá-los".

Após as boas-vindas do presidente do STJ, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, deu seguimento à cerimônia de abertura do Encontro, destacando o compromisso assumido pelo Governo Federal contra o crime organizado. Segundo o ministro, a preocupação com o tema não é exclusividade do Governo atual, mas só agora começam a ser feitos esforços articulados para construir uma cultura de combate à lavagem de dinheiro no Brasil, que é a causa final de todo crime organizado.

Ao encerrar a solenidade, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ressaltou a importância dessa atuação integrada no combate ao crime financeiro. Nas palavras do presidente, "não basta a vontade pessoal" de cada um presente ali ao evento, é preciso que haja uma "vontade coletiva", e que ela seja cercada de facilidades para que cada um dos envolvidos nessa missão possa ser capaz de exercer bem a sua função e ter sucesso.

Dizendo-se otimista com as iniciativas que já foram tomadas para a prevenção e o combate a crimes dessa natureza no Brasil ? entre as quais a implantação de varas especializadas para crimes de lavagem de dinheiro pelo Poder Judiciário ?, o presidente Lula afirmou que deixava o evento com a "esperança renovada" de que o país está no caminho certo. "Iniciativas assim nos dão esperança de que (o combate ao crime organizado) tem jeito, de que é possível", afirmou o presidente da República, para depois concluir: "Esse evento será um marco nessa caminhada histórica".

Além das presenças do presidente Lula, do ministro Márcio Thomaz Bastos e do ministro Edson Vidigal, participam do Encontro como palestrantes o ministro de Estado do Controle e da Transparência, Waldir Pires, o ministro do Superior Tribunal de Justiça Gilson Langaro Dipp, e o procurador geral da República, Cláudio Fonteles, entre outros.

Thais Borges e Roberto Thomaz

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