RJ obtém quinto pior resultado no Exame de Ordem

Fonte: OAB-RJ

Comentários: (4)




Os números divulgados pela Fundação Cespe da Universidade de Brasília - UnB - expuseram a dura realidade do ensino jurídico em nosso Estado. Dos 5.543 candidatos inscritos na primeira fase do 34º Exame de Ordem, apenas 23,97% foram aprovados. Isso representa o quinto pior resultado entre os 23 estados que participam da prova unificada. O Estado que mais aprovou bacharéis na primeira fase foi a Bahia, com 40,67% do total de inscritos e, o Estado que mais reprovou, foi o Amapá, com 14,89% do total de candidatos.

De acordo com a lista encaminhada pela Cespe, dos 1329 aprovados no Rio de Janeiro, 869 fizeram o exame na cidade do Rio de Janeiro. Os demais estão distribuídos nas cidades de Niterói (209), Volta Redonda (75), Campos dos Goytacazes (59), Duque de Caxias (46), Nova Friburgo (41) e Petrópolis (30). Esses números ainda podem sofrer alterações após a fase de recursos. Para o Presidente da Comissão de Exame de Ordem, Marcello Oliveira, preocupa o fato do Rio de Janeiro ter obtido percentual de aprovação tão reduzido na primeira fase do exame: "Isso significa que, lamentavelmente, teremos índices medíocres de aprovação na segunda fase do Exame".

Pela primeira vez, o Rio de Janeiro participa do exame unificado. "Tínhamos uma expectativa elevada em relação a esse resultado. Imaginamos que o Rio de Janeiro, pela forte tradição no ensino jurídico, pudesse ter percentuais de aprovação muito superiores às demais seccionais. Tivemos que acordar para a realidade", desabafou o presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem, Marcello Oliveira.

Marcello Oliveira descartou que o baixo índice de aprovação tenha relação com o excessivo rigor da prova. Para ele, nota-se a particular deficiência das instituições de ensino no Estado: "Ora, se a Bahia e outros estados obtêm resultado expressivo, vê-se que o problema é regionalizado. Além disso, deve-se atentar para o fato de que os cursos mais tradicionais, que inscrevem poucos candidatos, têm percentual de aprovação duas a três vezes superior à media geral. Enquanto isso, há cursos jurídicos que inscrevem milhares de candidatos e apenas aprovam de 10 a 20% dos inscritos. Nossos números são prejudicados por isso".

Confira o ranking de aprovação das Seccionais:

Seccional

 Presentes

Aprovados 

 Percentual

 OAB/BA

 2358

 959

 40,67

 OAB/SE

 464

 183

 39,44

 OAB/CE

 1066

 403

 37,80

 OAB/DF

 2270

 853

 37,57

 OAB/PI

 789

 287

 36,37

 OAB/PB

 710

 250

 35,21

 OAB/PA

 889

 311

 34,98

 OAB/PE

 1692

 588

 34,75

 OAB/RR

 84

 29

 34,52

 OAB/PR

 6317

 2122

 33,59

 OAB/RN

 872

 287

 32,91

 OAB/AL

 557

 181

 32,49

 OAB/ES

 1671

 494

 29,56

 OAB/AC

 131

 34

 25,95

 OAB/SC

 2954

 739

 25,02

 OAB/MS

 1147

 285

 24,84

 OAB/GO

 2640

 642

 24,31 

 OAB/MA

 1120

 271

 24,19

 OAB/RJ

 5543

 1329

 23,97

 OAB/TO

 271

 54

 19,93

 OAB/AM

 586

 113

 19,28

 OAB/MT

 1426

 265

 18,58

 OAB/AP

 94

 14

 14,89

Palavras-chave: exame

Deixe o seu comentário. Participe!

noticias/rj-obtem-quinto-pior-resultado-no-exame-de-ordem

4 Comentários

Raimundo Neres Advogado03/02/2008 4:27 Responder

E o massacre continua sobre os incautos alunos das faculdades tabajaras e bacharéis reprovados no exame, estes estão acuados sem ter a quem reclamar. Mas as faculdades tabajaras continuam funcionando, investindo macisamente em propaganda, captando novos alunos, não se tem notícia de ação do MEC e OAB para coibir esses abusos.

Raimundo Neres Advogado03/02/2008 4:30 Responder

E o massacre continua sobre os incautos alunos das faculdades tabajaras e bacharéis reprovados no exame, estes estão acuados sem ter a quem reclamar. Mas as faculdades tabajaras continuam funcionando, investindo macisamente em propaganda, captando novos alunos, não se tem notícia de ação do MEC e OAB para coibir esses abusos.

Raimundo Neres Advogado03/02/2008 4:31 Responder

E o massacre continua sobre os incautos alunos das faculdades tabajaras e bacharéis reprovados no exame, estes estão acuados sem ter a quem reclamar. Mas as faculdades tabajaras continuam funcionando, investindo macisamente em propaganda, captando novos alunos, não se tem notícia de ação do MEC e OAB para coibir esses abusos.

Marselha De Luca advogada05/02/2008 16:07 Responder

Infelizmente estamos diante de uma dura realidade onde o ganho econômico ainda é mais relevante do que a educação, massificando-se as instituições de ensino sem qualidade, em detrimento a uma educação de excelência onde vemos por trás, pessoas de grande influência auferirem lucros desmedidos às custas dos sonhos dos jovens e daqueles que buscam uma melhoria profissional. É lamentável ver que meu Estado, cuja tradição jurídica sempre foi respeitada tenha chegado a tamanho despreparo. Resta-nos apenas esperar que os jovens sejam mais seletivos quanto às instituições escolhidas já que dificilmente serão fechadas.

Conheça os produtos da Jurid