Rafael Mascarenhas: testemunhas depõem sobre o acidente

Amigos da vítima afirmaram que os veículos estavam apostando corrida no momento do atropelamento

Fonte: TJRJ

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O juiz Rodrigo José Meano Brito, em exercício na 2ª Vara Criminal, ouviu nesta terça-feira, dia 29, as testemunhas de acusação e de defesa de Rafael Bussamra, que atropelou e matou Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, e de seu pai, Roberto Martins Bussamra. O acidente aconteceu no dia 19 de julho do ano passado, dentro do Túnel Acústico que liga a Gávea à Barra da Tijuca.

 
Foram ouvidas quatro testemunhas de acusação: João Pedro Costa, Luiz Marques e um menor, que estavam andando de skate com Rafael Mascarenhas no dia do acidente, e Jadir dos Santos, funcionário da Comlurb que estava em serviço na ocasião.

 
Os três amigos de Rafael Mascarenhas contaram que viram quando o Fiat Siena dirigido por Rafael Bussamra e um Honda Civic passaram do outro lado do túnel que estava aberto, na direção Gávea - São Conrado. De acordo com eles, os ocupantes dos veículos estavam gritando. Menos de cinco minutos depois, os dois carros atravessaram a passagem de emergência do túnel e foram para o lado que estava fechado, sentido São Conrado – Gávea, passando pelos rapazes em alta velocidade.

 
João Pedro, Luiz e o menor encostaram-se no muro do túnel, mas Rafael, que era o único que estava na pista fazendo manobras, não teve tempo de se esconder. Ele foi atingido quando o carro dirigido por Bussamra tentava ultrapassar o Honda Civic. João Pedro e Luiz afirmaram ter certeza de que os veículos estavam apostando corrida no momento do atropelamento.

 
Foram ouvidas seis testemunhas de defesa, entre elas Moisés Ferreira, operador de tráfego de plantão na noite do acidente; Paulo Sérgio, lanterneiro que confirmou que o Fiat Siena foi levado no dia seguinte ao crime à oficina onde ele trabalha para ser consertado, estando com avarias nos pára-lamas, no farol e no caput; Armando Natalino, que trabalha na Administração do túnel acústico; e André Liberal de Almeida.

 
André Liberal estava no carro com Rafael Bussamra na hora do acidente. Ele contou que, após atravessarem a passagem de emergência, viu os três rapazes com os skates, que também notaram os carros e se encostaram no muro. Quando viram Rafael Mascarenhas, porém, este não teve tempo de se proteger, pois já estavam muito perto dele e não dava mais tempo de frear. André disse que eles não sabiam que o túnel estava fechado naquela direção.

 
Ainda de acordo com André, os carros pararam pouco depois do túnel e ele pediu para Bussamra chamar uma ambulância. Andaram até perto de Rafael Mascarenhas e voltaram para o carro, para procurar ajuda. Encontraram, então, dois PMs que os revistaram e os mandaram entrar na viatura. Depois de rodarem por um tempo, o pai e o irmão de Rafael Bussamra foram encontrar-se com eles, conversaram com os policiais e chamaram um reboque para levar o carro, que tinha sido abandonado em um posto de gasolina. André disse não saber o que foi conversado entre a família Bussamra e os policiais.

 
O juiz marcou a continuação da audiência para o dia 16 de junho, às 13.30h, quando serão ouvidas mais cinco testemunhas.

 

Palavras-chave: Rafael Mascarenhas; Acidente; Testemunhas; Acusação; Túnel; Morte

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1 Comentários

acimael advogado31/03/2011 13:31 Responder

Bem, diante das narrativas até o presente momento creio que a culpa é reciproca. Tantos da vítima quanto do autor, entretanto, como se trata de briga de cachorro GRANDE, talvez os únicos a serem punidos sejam os PMs.

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