PSDB afirma que não deu apoio a ato contra Dilma

"Não houve nenhuma intervenção partidária. Nem nossa, nem de nossos aliados na mobilização. É um ato espontâneo, voluntário, produto de uma indignação que está existindo", afirmou vice-presidente PSDB

Fonte: Exame

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Dirigentes do PSDB ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo afirmaram neste domingo, 2, que o partido não teve participação na organização do ato realizado no sábado na região da Avenida Paulista pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.


Os tucanos atribuíram as manifestações ao que chamam de sentimento de indignação com o PT no governo e na campanha eleitoral. Já os petistas classificaram o protesto como "golpista".


O ato reuniu cerca de 2,5 mil pessoas, segundo a Polícia Militar. Alguns manifestantes exibiram cartazes que pediam intervenção militar no País.


"Não houve nenhuma intervenção partidária. Nem nossa, nem de nossos aliados na mobilização. É um ato espontâneo, voluntário, produto de uma indignação que está existindo", afirmou Alberto Goldman, vice-presidente nacional do PSDB.


"Muita gente indignada não só com o resultado (das eleições), mas porque o resultado é também fruto de uma das campanhas de mais baixo nível de que tivemos conhecimento."


Goldman afirmou que o PSDB não fará nenhum apelo a instrumentos "antidemocráticos" para fazer oposição ao governo Dilma.


Presidente do PSDB paulista, o deputado Duarte Nogueira disse que o partido não tem responsabilidade na organização do ato. Segundo ele, a sigla fará oposição "sem dar dimensão a processos exacerbados".


"Nós queremos a fiscalização, a contestação. Vamos cobrar as promessas firmadas, mas não é necessário a gente dar dimensão para esse processo um pouco mais exacerbado."


O deputado federal José Aníbal também atribuiu à campanha eleitoral o sentimento de irritação nas ruas. Segundo ele, porém, isso não é argumento que justifique as manifestações por uma intervenção militar.


"Espero que tudo isso rapidamente se canalize para uma ação política de cobrança, de fiscalização, de vigência de mudança efetiva", afirmou.


"Acho isso (manifestações em defesa de uma intervenção militar) totalmente fora de propósito. Não faz o menor sentido. A coisa mais distante de nós é qualquer veleidade golpista", afirmou o tucano, que foi perseguido pela repressão durante a ditadura e foi obrigado a deixar o País em 1973. Ele viveu no exílio até 1979.


'Golpismo'


No PT a ordem é ignorar as manifestações, que o partido classifica como golpistas, e concentrar esforços na construção da governabilidade do segundo mandato de Dilma. "A resposta da minha parte será ignorá-los", disse Jorge Coelho, um dos vice-presidentes do PT.


Segundo ele, protestos como o de sábado indicam a possibilidade do surgimento de um novo partido de extrema-direita. O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, José Américo, secretário de Comunicação do PT, classificou o ato como um "ponto fora da curva".


"Todo mundo tem direito de protestar, mas um protesto que pede a volta dos militares é extremamente comprometedor para a democracia", afirmou o dirigente petista. "Pedir o impeachment de uma presidente poucos dias depois da eleição é golpismo", completou.

Palavras-chave: PSDB Dilma Rousseff Eleições 2014 Impeachment Protestos

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1 Comentários

landualdo Ceber de Brito Advogado05/11/2014 12:44 Responder

Meia dúzia de gatos pingados não repr0duz a voz de milhões e milhões de eleitores que ratificaram a positividade do governo Dilma, nem desqu8alificam o seu caráter e dignidade para se pedir uma intervenção militar ou impeachment. São atos reacionários, isolados, patrocinados pela ultra direita golpista e ditatorial. Esta notícia nem deveria ser ventilada é dar ouvidos a inúteis, leigos e odientos. Avante, Dilma!!!

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