Policiais envolvidos na morte de manicure têm prisão decretada
O juiz decretou a prisão temporária, por 30 dias, do policial civil G.B.L. e do PM reformado W.A.. Eles estão envolvidos na morte da manicure N.B.M., atingida por uma bala perdida
O juiz Richard Robert Fairclough, da 1ª Vara Criminal de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, decretou nesta sexta-feira, dia 1º de fevereiro, a prisão temporária, por 30 dias, do policial civil G.B.L. e do PM reformado W.A.. Eles estão envolvidos na morte da manicure N.B.M., atingida por uma bala perdida na última quarta-feira, dia 30 de janeiro, em São João de Meriti. A manicure estava com a neta recém nascida no colo, que não ficou ferida.
Segundo o juiz, durante a investigação, testemunhas sinalizaram que o autor dos disparos foi G.B.L., que estava acompanhado do PM W.A.. Na decisão, o juiz também destacou que eles agiram fora de suas atribuições e os fatos são graves, uma vez que os policiais efetuaram disparos em via pública, em plena luz do dia.
“A custódia cautelar se impõe para garantir o bom andamento das investigações (art. 1º, inc. I da L. 7960/89), evitando que os envolvidos venham a influenciar ou impedir de qualquer forma a colheita de provas, especialmente por serem policiais e por estarem agindo fora de suas atribuições, já que Willian é reformado da PMERJ e usurpava função pública agindo como policial civil (art. 328 do CP), e Gelson exercia função administrativa e não operacional na Policia Civil junto ao IML”, afirmou o juiz.
De acordo com o inquérito, os policiais afirmaram que ouviram tiros e em seguida uma moto arrancou com dois elementos. Eles partiram em perseguição e G.B.L., que estava no banco do carona, efetuou disparo de fuzil AR-15, pertencente à PCERJ, alvejando N.B.M. no abdômen. Eles também não prestaram qualquer socorro à vítima, que foi conduzida à UPA por vizinhos.
Autos de inquérito nº.064-1048/2013