PF envia caso do deputado João Batista ao Supremo
O delegado Davi Sérvulo Campos, da Polícia Federal, informou que está enviando ao Supremo Tribunal Federal (STF) o caso do bispo da Igreja Universal, deputado federal João Batista Ramos da Silva (PFL-SP), preso em Brasília ao embarcar em avião com sete malas contendo R$ 10 milhões em dinheiro vivo.
Segundo o delegado, cabe ao Supremo Tribunal decidir se será aberto inquérito a respeito, uma vez que Ramos da Silva é deputado federal. A PF agora vai investigar se os R$ 10 milhões são realmente, como afirmou o bispo-deputado, fruto de arrecadação de dízimo entre fiéis da Igreja Universal.
Segundo Sérvulo Campos, a afirmação de João Batista, que é deputado do PFL, não coincide com casos anteriores de movimentação de grandes quantias de dinheiro por bispos da Universal. O delegado disse que a Universal costuma movimentar o dinheiro via sistema bancário.
Sérvulo Campos disse que encaminhará ao Supremo os termos das declarações de João Batista Ramos Filho e o relato da apreensão do dinheiro. Os R$ 10 milhões ficarão sob custódia de uma instituição financeira cujo nome a PF não revela. O avião, segundo o delegado, partiu de Manaus, fez escalas em Belém e em Brasília, de onde seguiria para Goiânia.
O bispo-deputado, com seis acompanhantes, recolheu quantias de dinheiro nas três primeiras capitais e recolheria outra mala na capital de Goiás. As cédulas, segundo o delegado da PF, não são novas, nem as de menor valor, mas também não são muito usadas. O dinheiro foi contado por sete máquinas fornecidas pelo Banco Central.