PF apura como Pizzolato financiou fuga para Itália

Contas bancárias na Suíça e na Espanha estão sendo rastreadas pela polícia

Fonte: Veja

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A Polícia Federal instaurou inquérito para investigar como o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato financiou sua fuga para a Itália. Condenado no processo do mensalão a pena de doze anos e sete meses de detenção em regime fechado, o petista deixou o país em setembro, dois meses antes de ter a prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal. O mensaleiro foi capturado na Itália no início de fevereiro. O Brasil tenta sua extradição, o pedido deve ser feito até sexta-feira.


A investigação sobre a movimentação bancária de Pizzolato será comandada pela PF do Rio, cidade onde ele vivia antes de fugir. Há suspeitas de que o ex-diretor do Banco do Brasil, condenado no mensalão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato, tenha movimentado altos valores de uma conta na Suíça. A polícia italiana também descobriu contas abertas na Espanha com o nome de Celso Pizzolato, irmão morto de quem Henrique assumiu a identidade após a fuga.


A nova investigação tentará descobrir a origem do dinheiro usado por Pizzolato e as transferências monetárias feitas pelo condenado do mensalão.


Na captura, na cidade de Maranello, no norte da Itália, a polícia italiana apreendeu com Pizzolato 15.000 reais e 2.000 dólares. Vizinhos disseram que ele comprava tudo em dinheiro. Pizzolato recebe aposentadoria de cerca de 25.000 reais mensais da Previ, fundo de pensão dos servidores do Banco do Brasil. Após ser preso em fevereiro, ele passou a ser defendido pelo advogado Lorenzo Bergami, designado pelas autoridades italianas. Bergami é uma espécie de defensor público.


Extradição


Na segunda-feira, dois representantes da Procuradoria-Geral da República enviados pelo Brasil à Itália, reuniram-se em Bolonha com a procuradora italiana responsável pelo caso. A intenção do Brasil é enviar à Itália o máximo de informações para tentar agilizar a extradição de Pizzolato, que estava foragido desde novembro de 2013. O pedido será enviado ao Ministério da Justiça italiano até o fim desta semana. A Procuradoria entregará o pedido ao Ministério da Justiça e, em seguida, ao Itamaraty - que então o enviará ao Ministério da Justiça da Itália. O texto do pedido ampara-se no Tratado de Extradição entre Brasil e Itália e no Código Penal italiano.


Pizzolato começou a planejar sua fuga ainda em 2007, quando obteve os primeiros documentos em nome do irmão Celso, morto num acidente de carro em 1978. Pizzolato tirou passaporte, RG, título de eleitor e até declarou imposto de renda usando os documentos em nome do falecido.

Palavras-chave: mensalão extradição direito penal

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