A pesquisa Genial/Quaest, divulgada em 11 de dezembro de 2024, apresenta Luiz Inácio Lula da Silva como líder em quatro cenários simulados de segundo turno para a eleição presidencial de 2026. O levantamento, realizado entre os dias 4 e 9 de dezembro de 2023, destaca o atual presidente como favorito em disputas contra adversários de diferentes espectros políticos, mas também revela divisão entre os eleitores sobre sua possível candidatura à reeleição.

Lula em destaque nos cenários simulados

Nos cenários de segundo turno simulados pela pesquisa, Lula apresenta ampla vantagem sobre os principais adversários. Os resultados apontados incluem:

• Contra Jair Bolsonaro, Lula venceria com larga margem.
• Frente a Tarcísio de Freitas, o presidente também sairia vitorioso.
• Contra Pablo Marçal, Lula manteria a liderança.
• Em disputa com Ronaldo Caiado, Lula apresenta um desempenho confortável.

Apesar de liderar nos cenários testados, a pesquisa indica que o favoritismo de Lula pode ser atribuído mais à rejeição de seus adversários do que a um apoio irrestrito ao atual presidente. Os dados refletem o contexto político atual, em que Lula é visto como uma escolha consolidada, especialmente diante de adversários com menor visibilidade ou reconhecimento nacional.

Divisão sobre a reeleição de Lula

A possibilidade de Lula concorrer a um novo mandato divide opiniões. De acordo com o levantamento, 52% dos entrevistados acreditam que ele não deveria disputar a reeleição, enquanto 48% apoiam sua candidatura. Este resultado representa um avanço em relação a outubro de 2023, quando apenas 40% eram favoráveis à reeleição e 58% eram contrários.

A rejeição à candidatura de Lula, ainda que relevante, contrasta com seu desempenho nas simulações de segundo turno. Especialistas indicam que o cenário pode estar relacionado à falta de figuras opositoras capazes de apresentar um projeto político alternativo robusto.

Fernando Haddad: Nome forte no PT

Caso Lula não concorra à reeleição, Fernando Haddad desponta como o principal nome dentro do Partido dos Trabalhadores (PT). Segundo a pesquisa, o ministro da Fazenda lidera com 27% das intenções de voto entre eleitores da base governista, superando outros nomes, como Ciro Gomes (17%) e Geraldo Alckmin (14%).

Além disso, Haddad apresenta desempenho competitivo em cenários simulados de segundo turno:

• Contra Jair Bolsonaro, Haddad venceria por 42% a 35%.
• Frente a Tarcísio de Freitas, o placar seria de 44% a 25%.
• Contra Pablo Marçal, Haddad teria 42% contra 28%.
• Em disputa com Ronaldo Caiado, o ministro venceria por 45% a 19%.

O levantamento sugere que Haddad é visto como sucessor natural de Lula, com sua atuação no Ministério da Fazenda reforçando sua visibilidade e credibilidade no cenário político.

Oposição sem Jair Bolsonaro

No campo da oposição, a ausência de Jair Bolsonaro nos cenários simulados abre espaço para novas lideranças. Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, lidera com 21% das intenções de voto, seguida por Pablo Marçal (18%) e Tarcísio de Freitas (17%), que aparecem tecnicamente empatados.

A pesquisa indica que o capital político do bolsonarismo permanece relevante, mesmo sem a presença direta de Jair Bolsonaro. No entanto, a fragmentação entre os nomes da direita pode dificultar a formação de uma candidatura unificada e competitiva contra os nomes do campo governista.

Detalhes da pesquisa

A pesquisa Genial/Quaest foi realizada com 8.598 entrevistados em todo o Brasil, representando eleitores com 16 anos ou mais. Os detalhes técnicos incluem:

• Margem de erro: 1 ponto percentual.
• Nível de confiança: 95%.
• Período de coleta de dados: 4 a 9 de dezembro de 2023.

Os números apresentados oferecem um panorama detalhado das intenções de voto e das preferências do eleitorado para a eleição presidencial de 2026.

Cenário eleitoral de 2026

A pesquisa Genial/Quaest apresenta um quadro político em evolução para as eleições presidenciais de 2026. Lula permanece como o principal nome em cenários de segundo turno, enquanto Fernando Haddad aparece como alternativa forte do PT, caso o presidente decida não disputar. No campo da oposição, Michelle Bolsonaro é o destaque, mas enfrenta desafios relacionados à fragmentação do espectro conservador e à ausência de uma figura consolidada como Jair Bolsonaro.

Os resultados apresentados apontam tendências relevantes para a corrida eleitoral de 2026, com impactos significativos na definição de estratégias políticas e de comunicação dos partidos envolvidos.