Palace II: Indenizações de vítimas interrompidas pela Justiça Federal podem ser retomadas ainda hoje

Os pagamentos das indenizações às vítimas do edifício Palace II, no Rio de Janeiro, interrompidos por ordem da Justiça Federal, a pedido da Procuradoria da Fazenda Nacional, poderão ser retomados ainda hoje (29).

Fonte: Notícias do Superior Tribunal de Justiça

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Os pagamentos das indenizações às vítimas do edifício Palace II, no Rio de Janeiro, interrompidos por ordem da Justiça Federal, a pedido da Procuradoria da Fazenda Nacional, poderão ser retomados ainda hoje (29). O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Edson Vidigal, que, a pedido da Associação dos Juízes Federais (Ajufe), entrou no caso como mediador junto ao Executivo, disse que a "boa vontade encontrada no Planalto esbarrou na inflexibilidade do Procurador da Fazenda, que temia até ser preso a pedido do Ministério Público, caso recuasse".

O dinheiro para a indenização às vítimas foi apurado em leilão de um hotel do ex-empresário Sérgio Naya, dono do Palace II, o prédio que desabou em fevereiro de 1998, na Barra de Tijuca, no município do Rio de Janeiro.

Quando o juiz da 4ª Vara Empresarial do Rio, Luiz Felipe Salomão, começou a expedir ao Banco do Brasil as ordens de pagamento, em execução da sentença que visava à indenização das vítimas do Palace II, a Procuradoria da Fazenda Nacional "atravessou" petição à Justiça Federal alegando que a União tinha a preferência e que, assim, deveriam ser liquidados antes os débitos fiscais de Sérgio Naya e suas empresas.

Os advogados das vítimas alegaram que essa preferência à União consumiria os recursos apurados, não restando nada para os credores das indenizações. A "dualidade de comandos", de um lado a Justiça Estadual mandando pagar às vítimas e, de outro, a Federal ordenando o contrário, gerou um tumulto com repercussões negativas para a imagem do Governo e do Judiciário brasileiros.

De férias em sua casa, em Caxias (MA), o presidente Vidigal foi procurado ontem (28) pela manhã pelo presidente da Ajufe, o juiz Jorge Maurique, para mediar o impasse. O prazo acertado entre todos os envolvidos terminaria hoje (29), às 14h.

Caso a Procuradoria da Fazenda Nacional não concordasse em desistir da preferência a que alega ter direito, o juiz Luiz Salomão suscitaria imediatamente um "conflito positivo de competência" junto ao STJ com pedido de liminar.

"É com uma liminar no conflito que tudo se resolverá ainda hoje", adiantou o ministro Vidigal.

Da Redação

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