OAB SP entra na Campanha contra a CSS
Os presidentes das entidades participantes serão os primeiros a endossar um abaixo-assinado que será encaminhado ao Senado Federal em sinal de protesto.
Nesta quarta-feira (2/7), às 11 horas, no Pátio do Colégio, OAB SP, Associação Comercial de São Paulo, Sescon, Fecomércio, entre outras entidades, vão iniciar uma campanha para informar e mobilizar a população contra a CSS (Contribuição Social para a Saúde). Os presidentes das entidades participantes serão os primeiros a endossar um abaixo-assinado que será encaminhado ao Senado Federal em sinal de protesto.
Nesta mesma quarta-feira, o Impostômetro da Associação Comercial (próximo das 7h10), registrará o recorde de R$ 500 bilhões em impostos municipais, estaduais e federais pagos pelos brasileiros desde 1º de janeiro deste ano. Em 2007 este valor só foi alcançado 20 dias mais tarde, em 22 de julho.
? O governo brasileiro levou apenas cinco meses para recriar uma das mais contestadas contribuições já surgidas no país - das operações financeiras. Imposto combatido pela sociedade civil organizada, que indignou-se, organizou-se, pressionou o Congresso Nacional e conseguiu que a prorrogação da CPMF fosse rejeitada pelo Legislativo, em dezembro de 2007. Agora, não podemos aceitar passivamente a criação da CSS?, afirmou o presidente da OAB SP, Luiz Flávio Borges D´Urso.
Para o presidente da ACSP, Alencar Burti, o aumento da velocidade do impostômetro demonstra que há recursos suficientes e não é preciso a criação de novos impostos, como a CSS . ?Somando os sucessivos recordes de arrecadação com a disposição do governo em reduzir despesas, não há motivos para a aprovação da CSS pelo Senado. Somente a arrecadação federal, até o mês de maio deste ano, somou R$ 271 bilhões, o que representa um aumento de 11% sobre o mesmo período de 2007. Até o final deste semestre, o aumento da arrecadação federal deverá ser da ordem de R$ 35 bilhões, bem próximo dos R$ 36,49 bilhões arrecadados com a CPMF em 2007. Até o fim deste ano, a arrecadação federal deverá superar a de 2007 em duas CPMFs, o que comprova que não há necessidade da criação de uma terceira CPMF?, comenta Burti.