OAB-PA quer mais agilidade no julgamento de ações

Fonte: Conselho Federal da OAB

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O presidente da Seccional do Pará da Ordem dos Advogados do Brasi, Ophir Cavalcante Junior, acredita que a agilidade no Judiciário é essencial para o desenvolvimento da advocacia. Rebatendo críticas que têm sido feitas à advocacia brasileira no sentido de ser ela a favor da morosidade do Judiciário, o presidente da OAB destacou o assunto no discurso de saudação proferido na cerimônia de posse do presidente do Tribunal de justiça do Estado (TJE), desembargador Milton Nobre.. ?Não queiram saber os senhores quão é difícil para um presidente de ordem ouvir de um advogado que irá abandonar a profissão porque seus processos não são julgados. O advogado vive dos seus honorários. Se a Justiça não funciona, o advogado passa fome?, relatou Ophir.

Segundo o presidente da OAB-PA, aqueles que falam que o advogado é que contribui para emperrar a Justiça, nunca foram advogados, nunca viveram das causas de seus escritórios. ?É muito fácil ficar em Gabinetes, recebendo um alto valor do erário, sem se preocupar em como pagar suas contas no final do mês?. Para Ophir, a grande massa de advogados, em todo o País, é penalizada com a demora no julgamento dos processos. ?Precisamos falas à sociedade de forma clara, com todas as nossas forças, pois os advogados estão cansados de levar uma pecha que não têm?.

Segundo Ophir, o problema da Justiça é estrutural e cultural. Estrutural porque na maioria das Comarcas do país não há juízes e nem servidores para atender a demanda. Denunciou que no Pará, Comarcas estão sem funcionamento porque os prefeitos retiram os servidores cedidos ao Judiciário, como que desejando controlar o Judiciário ou fazendo com que o Judiciário lhes deva favor. ?Não. Não é essa a Justiça que queremos. Uma Justiça que fica refém de políticos mal intencionados?. Para suprir essa necessidade, Ophir propôs a realização de um concurso público.

Propôs ainda o funcionamento da Justiça de forma ininterrupta e não só em meio expediente como acontece no Pará e em muitos Estados brasileiros, como forma de atacar a cultura hoje existente de que ?ter muito trabalho é o mesmo que trabalhar muito?. ?Os juízes e servidores são pagos com dinheiro do cidadão, que não tem 60 dias de férias e que tem de trabalhar 8 horas diárias para receber um salário mínimo ou um pouco mais, não podendo essa cultura continuar a prevalecer e ser aplaudida pelos integrantes do Judiciário?.

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