Novo Código Florestal é aprovado pelo Senado

Texto foi aprovado por 59 votos a 7. Projeto volta à Câmara, que deve deliberar sobre a matéria até o fim do ano

Fonte: Agência Senado

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Depois de mais de seis horas de debate, o Plenário aprovou o novo Código Florestal (PLC 30/2011), na forma de substitutivo dos senadores Luiz Henrique (PMDB-SC) e Jorge Viana (PT-AC) para o texto do então deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), hoje ministro do Esporte. O texto, que traça os limites entre a preservação de vegetação nativa e as diversas atividades econômicas, tanto no campo quanto nas cidades, volta agora à Câmara dos Deputados, que deve deliberar sobre a matéria até o fim do ano.
 
 
O texto-base de Luiz Henrique e Jorge Viana foi aprovado em primeiro turno com 59 votos a favor e 7 contrários. Em turno suplementar, de um total de 78 emendas, Jorge Viana acolheu 26, a maioria referente a mudanças de redação. As demais foram rejeitadas em bloco. Quatro destaques, votados separadamente, também foram rejeitados.


O novo Código Florestal estabelece disposições transitórias - para contemplar as chamadas "áreas consolidadas", em que há atividades agrossilvopastoris em Áreas de Preservação Permanente (APPs) - e disposições permanentes, com critérios a serem seguidos a partir da data de 22 de julho de 2008, data da publicação do Decreto 6.514/2008, que define penas previstas na Lei de Crimes Ambientais. A mesma data é o marco temporal para isentar de recuperação as propriedades rurais de até quatro módulos que desmataram as Reservas Legais (RLs).


Para isso, o projeto determina a criação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e estabelece prazo de um ano, prorrogável uma única vez por igual período, para que os donos de terras registrem suas propriedades nesse cadastro. Os dados do CAR serão disponibilizados na internet e servirão para a elaboração dos Programas de Regularização Ambiental. 


Os relatores também incluíram incentivos para a recomposição de florestas e regras especiais para a agricultura familiar.


Vários líderes partidários - como as senadoras Kátia Abreu (PSD-TO) e Ana Amélia (PP-RS) e os senadores Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Gim Argello (PTB-DF), Wellington Dias (PT-PI), José Agripino (DEM-RN) e Renan Calheiros (PMDB-AL) - encaminharam favoravelmente ao substitutivo, elogiando o teor do relatório, o qual consideraram equilibrado. Também se manifestaram pelo texto e em defesa dos produtores rurais os senadores Waldemir Moka (PMDB-MS), Demóstenes Torres (DEM-GO), Inácio Arruda (PCdoB-CE), Ivo Cassol (PP-RO) e Acir Gurgacz (PDT-RO).

Palavras-chave: Código Florestal; Senado; Aprovação; Deliberação

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2 Comentários

Gisleine Garcia Rozzi dos Reis advogada08/12/2011 4:12 Responder

O Código Florestal era uma letra morta, que ressuscitou e vem sendo aplicada indiscriminadamente em áreas urbanas, o que vem impedindo a construção e supressão de vegetação em terrenos, de loteamentos aprovados e em prejuízos dos cidadãos que pagam seus impostos e de tem suas terras desapropriadas indiretamente, mas continuam obrigados a responder pelos impostos territorial e condômino de seus lotes, é um total descalabro, enquanto as áreas rurais são desmatadas e seus algoz recebem da lei impunibilidade , hoje não se pode construir onde vizinhos tem já suas construções, isto tudo, é fazer propaganda eleitoral , a final quem já viu empresas poluidoras condenadas pagar suas multas, é tudo politicagem, lobismo, mas uma vez com o chapéu do cidadão brasileiro

José Paulo Weide advogado 08/12/2011 14:53

Colega Gisleine, isso tudo que você explicitou, no Brasil e em qualquer outro país do mundo, é chamado de política... infelizmente...

seu nome advogado08/12/2011 14:45 Responder

Gostaria que alguem informasse como vai ficar a situação dos rancheiros que construiram suas casas de lazer ao longo das represas que inundaram os rios, como por exemplo, a Usina de Agua Vermelha. Terão essas pessoas que construiram seus ranchos há mais de vinte e cinco anos, que desmanchá-los por culpa da inércia dos poderes públicos. Dr. Jurandy Pessuto - advogado

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