Novas áreas do Direito vão demandar mão de obra qualificada

O curso de Direito traz para o profissional formado múltiplas oportunidades de atuação no mercado de trabalho

Fonte: OAB/RJ

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O curso de Direito traz para o profissional formado múltiplas oportunidades de atuação no mercado de trabalho. Atualmente, o estudante que deseja atuar como advogado pode optar, por exemplo, por se empregar em escritórios com prestação de serviço focada em setores mais tradicionais como o civil, o trabalhista e o criminal. Porém, tendo em vista novas demandas no ramo jurídico, especialistas indicam que já há a necessidade de mão de obra para “novas” áreas, orientadas para resolver questões sobre leis ambientais, desportivas e relacionadas a crimes cometidos pela internet. Para atuar nesses segmentos, com possibilidade de receber salários altos, os interessados, no entanto, devem estar preparados para buscar por especializações.

"O Direito tem algumas áreas que ainda não tem nenhum representante. O Direito da Internet, por exemplo, ainda está nascendo. Ele não tem grandes nomes, nem leis que o regulamente direito. Então, é um ramo muitíssimo favorável para os futuros profissionais. O Direito do Petróleo e Gás é um outro ramo que tem pouca gente que conhece. A regulamentação das matrizes energéticas é um ramo muito atual, no mundo inteiro. O Direito do Entretenimento, que cuida dos contratos de grandes eventos e show, por exemplo, também fica na mão de poucos escritórios. O próprio Direito Desportivo fica restrito nas mãos das pessoas que são criadas nas confederações esportivas", explica Leonardo Rabelo, coordenador do curso de Direito na Universidade Veiga de Almeida, no Rio de Janeiro.

Para atuar como advogado, é necessário empenho. Além de concluir o curso de Direito, que dura cinco anos, o estudante precisa ainda passar no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

"A partir desse ano, com o novo Código de Direito Civil, mudou tudo no Direito brasileiro. Hoje, o advogado não é mais um “brigador”. Ele é um conciliador e um profissional que vai evitar problemas. É o que chamamos de advocacia preventiva. Um advogado que atua nas questões de meio ambiente, por exemplo, vai estar sempre buscando o embasamento legal para prevenir que as empresas sejam multadas em casos de poluição e desmatamento porque ele vai conhecer as consequências dessas ações e vai evitar que sua empresa os cometa", diz Rabelo.

Flávio Ahmed, Diretor da Escola Superior de Direito do Rio de Janeiro, diz que todas essas novas áreas vão demandar dos profissionais a necessidade de especialização além da graduação.

"Os novos direitos são aqueles que não encontram espaço na grade básica das universidades de Direito. As mudanças pelas quais a sociedade passa vão criando um cem número de leis, que vão sendo aprovadas para dar conta dessas novas realidades. Em decorrência disso, é necessária a especialização do profissional naquilo que chamamos de novos direitos. Hoje, você tem desde os cursos de extensão, mais curtos, que dão ao advogado o primeiro conhecimento com a matéria, até os mestrados e doutorados. Há também um fortalecimento dos mestrados profissionalizantes, que tem perspectiva diferente do acadêmico, pois tem um perfil mais orientado na atuação no mercado e trabalho", diz.

Pela falta de profissionais especializados nessas novas áreas, o professor explica que quem chega ao mercado está sendo bem valorizados.

"Há a necessidade desses profissionais no mercado. Exatamente pela carência de cursos e profissionais qualificados nesses novos ramos, você tem uma recepção melhor por parte do mercado", explica Ahmed.

Rabelo acrescenta que, por essa questão de demanda, os advogados que atuam nessas novas áreas tendem a ser bem remunerados: "Hoje, um advogado que vai trabalhar em um escritório de massa tem como remuneração inicial cerca de R$ 2 mil. Nessas novas áreas, as chances de uma remuneração acima do padrão de mercado é bem maior. É uma questão de mercado: se tem menos gente fazendo, ele poderá cobrar mais pelo serviço".

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