MST quer desbloqueio de recursos pelo TCU no Paraná

Fonte: Estadao.com.br

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Cerca de 150 militantes fizeram pressão diante do prédio do TCU em Curitiba, para pressionar o desbloqueio de verba destinada à assistência técnica de assentados

O secretário de Controle Externo do Tribunal de Contas da União, em Curitiba, Rafael Blanco Muniz, comprometeu-se nesta quinta-feira a dar nova oportunidade para que os representantes de duas cooperativas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) no Paraná apresentem documentos para que sejam desbloqueados valores destinados à assistência técnica de assentados. "São meramente questões técnicas que serão resolvidas o mais rapidamente possível", afirmou Muniz. Cerca de 150 integrantes do MST fizeram pressão diante do prédio do TCU, enquanto um grupo reunia-se com o secretário no lado interno.

O bloqueio foi feito por medida cautelar no dia 12 de julho. "Levantamos algumas questões com relação à ausência de prestação de contas ou prestação de contas insuficiente, a ausência de licitação em algumas questões", enumerou Muniz. No ano passado, a Central de Associações Comunitárias do Assentamento Ireno Alves dos Santos (Cacia), em Rio Bonito do Iguaçu, e a Cooperativa de Trabalhadores em Reforma Agrária (Cotrara) receberam R$ 5 milhões, mas este ano nada foi liberado. O processo está em Brasília com o ministro do TCU, Augusto Nardes.

O representante do MST Diorlei dos Santos afirmou que todos os documentos estavam disponíveis, mas a medida cautelar foi decretada por questão política. "Alguns técnicos fizeram julgamento com preconceito e não usaram critérios técnicos", acusou. De acordo com ele, o bloqueio prejudicou 13 mil famílias em 100 municípios do Estado, que ficaram impedidas de acessar créditos agrícolas e assistência. "Se não resolver isso, amanhã ou depois podem parar 100 municípios", previu. Muniz refutou a acusação de perseguição política. "Todo mundo diz isso", acentuou. "Quando a gente atua e não é do agrado vem com essa idéia de política, mas nós somos independentes."

Desde segunda-feira, cerca de 600 sem-terra estão acampados em uma rua em frente ao prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Curitiba. Um dos pedidos é a presença do presidente do órgão, Rolf Hackbart, que será atendido na sexta. Ele estará em Curitiba acompanhado do procurador-chefe da Procuradoria Especializada do Incra, Valdez Adriani Farias, e do diretor de projetos de assentamento, Carlos Henrique Kowalski. Os sem-terra apresentaram uma lista com 77 áreas que consideram prioritárias para o assentamento de famílias.

Palavras-chave: MST

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