MPF denuncia grupo acusado de fraudar empréstimos na Caixa Econômica Federal
Dezessete denunciados devem responder criminalmente por formação de quadrilha, estelionato, falsidade ideológica, falsificação de documentos e uso de documentos falsos
O Ministério Público Federal no Amazonas (MPF/AM) denunciou 17 pessoas à Justiça Federal pelos crimes de formação de quadrilha, estelionato, falsificação de documentos públicos e particulares, falsidade ideológica e uso de documentos falsos. O grupo é acusado de falsificar documentos com o objetivo de obter empréstimos bancários e financiamentos, concedidos pela Caixa Econômica Federal a empresas "fantasmas" criadas pelos denunciados. Nove acusados estão presos preventivamente.
Conforme a denúncia apresentada pelo MPF/AM, os denunciados associaram-se para a prática dos crimes em uma clara divisão de tarefas. Investigações da Polícia Federal apuraram que o líder do grupo criava empresas usando documentos falsos, como RG, CPF, declarações de faturamento empresarial e de imposto de renda e inseria dados falsos em contratos sociais de empresas inativas para torná-las aptas a conseguir os empréstimos na Caixa Econômica.
Ainda segundo as investigações, o chefe da organização criminosa contava com a ajuda de três outros denunciados para falsificar os documentos que eram apresentados à instituição bancária. Os demais denunciados atuavam como sócios de empresas de fachada e, com os documentos falsificados, obtinham empréstimos em valores que variam de R$ 60 mil a R$ 300 mil.
Prisão em flagrante – Em maio deste ano, dois denunciados, entre eles o líder do grupo criminoso, foram presos em flagrante quando tentavam obter, com documentos falsos, empréstimo junto à Caixa Econômica, na agência localizada em um shopping da zona Centro-Sul de Manaus. Em poder deles, a Polícia Federal apreendeu diversos documentos públicos e particulares falsificados, que eram utilizados para a obtenção dos empréstimos fraudulentos, além de um veículo, um computador e a quantia de R$ 20.819,00 em espécie.
A apuração mostrou que a prática não foi um caso isolado e evidenciou a existência de uma organização criminosa, voltada para a falsificação de todo tipo de documento, que visava induzir instituições bancárias a erro e obter vantagem financeira ilícita.