MP denuncia, pela segunda vez, dono de agência de viagem em Niterói por golpe de mais de meio milhão de reais

Administrador já havia sido acusado por 23 crimes de estelionato

Fonte: MPRJ

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A 4ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal (PIP) da 2ª Central de Inquéritos do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou, pela segunda vez, o sócio-majoritário e administrador da Golforio Viagens e Turismo LTDA, J.C.F.C., por mais um crime de estelionato. Em novembro do ano passado, o MPRJ já havia denunciado J.C.F.C. por outros 23 crimes de estelionato. Ele obteve, ilicitamente, aproximadamente R$ 230 mil. A empresa fica localizada no Centro de Niterói.


Porém, de acordo com as denúncias, subscritas pelo titular da 4ª PIP, Promotor de Justiça Cláudio Calo, a prova oral produzida descreveu ainda que há dezenas de outros lesados, pelo menos mais 42 que caíram no mesmo "golpe", demonstrando que o denunciado chegou a obter indevidamente a quantia aproximada de R$ 660 mil em prejuízo de diversos fiéis, inclusive aposentados.


"É muito importante que as outras pessoas lesadas, no caso 42, procurem o Ministério Público, a Central de Inquéritos de Niterói, munidos de documentos como recibos, comprovantes de depósitos ou transferências bancárias, a fim de que José Cláudio possa ser responsabilizado criminalmente por esses crimes também", diz Cláudio Calo.


De acordo com as denúncias, J.C.F.C. vendeu, pelo menos, 66 pacotes de viagem de 24 dias, cujo itinerário incluía Grécia, Egito, Israel e Turquia, com conexão em Paris. "O referido pacote turístico tinha também finalidade religiosa, pois foi denominado de 'Caravana à Terra Santa' e teria a 'liderança espiritual' de um pastor, o que fez com que os pacotes fossem vendidos e adquiridos por dezenas de devotos da religião batista, ora lesados", afirmam os textos das denúncias.


Os clientes pagaram pelo pacote, à época, 3.672 (aproximadamente R$ 10 mil) cada um. A viagem seria realizada de 4 a 28 de janeiro de 2011. Porém, na véspera do passeio, mesmo após receber com antecedência o dinheiro, J.C.F.C. cancelou a viagem e não devolveu o dinheiro.


Os consumidores, de acordo com o referido pacote, teriam direito à passagem aérea pela companhia francesa Air France, hospedagem em hotéis de categoria turística superior, regime de meia pensão, ingressos nos locais de visitação, transporte em ônibus especial de turismo climatizado, guia em português durante todo o percurso e seguro básico de viagem.


O denunciado também responde por outros crimes no 3º Distrito Policial de Campos Elíseos-SP. Há informações de que praticou golpes em Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. A pena máxima é de cinco anos para cada estelionato. Já foram apuradas 24 lesões.

Palavras-chave: Estelionato; Fraude; Agência de viagem; Denúncia

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