Ministro minimiza apuração de comissão

Ministro é alvo de denúncias e sobre faturamento suspeito de mais de R$ 2 milhões da sua empresa com consultorias entre 2009 e 2010

Fonte: Veja

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O constrangimento acompanhou a presidente Dilma Rousseff à Índia. Na berlinda, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, F.P., que integra a comitiva da presidente, foi obrigado a se explicar. Ele disse "não estar preocupado" com o pedido de esclarecimento feito pela comissão de ética pública do Planalto, em relação aos negócios realizados pela sua empresa de consultoria em 2009 e 2020, antes de ele assumir a pasta. "Preocupação nenhuma", declarou o ministro, ao ser questionado sobre o caso.


Em entrevista nesta terça, no lobby do hotel onde está hospedado em Nova Délhi, o ministro considerou "absolutamente natural" a iniciativa da comissão de pedir esclarecimentos sobre o caso. F.P. é alvo de denúncias de que sua empresa, a P-21 Consultoria e Projetos, teria faturado mais de R$ 2 milhões com consultorias entre 2009 e 2010, o que levantou suspeitas de tráfico de influência junto à prefeitura de Belo Horizonte, comandada anteriormente por ele.


"O que tem é uma representação. A comissão de ética entendeu que eu devo apresentar esclarecimentos sobre a representação. Não é uma investigação. Não é nada. Eu presto os esclarecimentos e a comissão decide o que vai fazer", declarou F.P..


Segundo o ministro, a representação certamente só será apresentada a ele quando retornar da viagem, na semana que vem. Como não foi ainda notificado, o ministro acredita que, depois que for notificado, terá dez dias para apresentar sua defesa. "Devem ser dez dias a partir do momento que eu for comunicado. Mas, certamente será só na semana que vem e aí eu entrego lá o meu arrazoado, meus esclarecimentos. Mas vamos ver o que é que eles estão pedindo. Não sei o que é, mas acredito que não vão pedir nada de específico, que vão pedir coisas genéricas, Mas, não sei, vamos ver, deixa eles me oficiarem", observou.


Em dezembro, no auge das denúncias, a presidente Dilma Rousseff orientou o ministro F.P. a resistir às acusações relacionadas aos negócios de sua empresa de consultoria em Belo Horizonte, após ele deixar a prefeitura da capital. Na conversa, na época, a presidente lembrou que ela é um exemplo de quem sobreviveu a uma onda de acusações, numa referência a seu período como chefe da Casa Civil, quando teve seu nome relacionado à montagem de um dossiê sobre gastos do governo tucano de FHC. Na ocasião, Dilma negou participação no episódio.

Palavras-chave: Suspeita; Apuração; Comissão; Denúncia; Corrupção; Fraude

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