Lewandowski absolve Luiz Gushiken da acusação de peculato

De acordo com a denúncia, o ex-ministro tinha conhecimento do repasse irregular de R$ 73,8 milhões pelo Banco do Brasil à agência DNA Propaganda, de Marcos Valério

Fonte: Agência Brasil

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O ministro-revisor do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, absolveu nesta quarta-feira (22) o ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Luiz Gushiken. "Estou convencido de que o réu Luiz Gushken não produziu a ação que lhe é imputada", disse ao defender com veemência a absolvição do réu.


Na denúncia do Ministério Público Federal (MPF) encaminhada ao STF em 2006, Luiz Gushiken foi acusado do crime de peculato. A alegação, na época, era que o ex-ministro tinha conhecimento do repasse irregular de R$ 73,8 milhões pelo Banco do Brasil à agência DNA Propaganda, de Marcos Valério. Em 2011, o atual procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu a absolvição de Gushiken por falta de provas.


Em voto que acompanha o ministro-relator, Joaquim Barbosa, e a alegação final do MPF, que também absolvem o ex-ministro do governo Lula, Lewandowski ressaltou que “o réu e sua família sofrem durante o processo penal e, se ele é inocente, o sofrimento é maior e indevido”. Para o ministro, “as provas extrajudiciais submetem os acusados a maiores humilhações. Não está nos autos um único elemento que possa condenar o réu”.


De acordo com revisor, antes de ser absolvido em um julgamento, o réu tem direito a idoneidade. “Jamais devemos esquecer que um processo é produto de violência e juízo”, argumentou. Lewandowski lembrou que o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, que acusou Luiz Gushiken em depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios em 2003, retirou a imputação quando ouvido em juízo durante o processo.


Lewandowski finalizou o voto citando o poema Por Que Não, do escritor português José Saramago:"Ainda que os relógios queiram nos convencer do contrário, não é o mesmo para toda gente".

Palavras-chave: Absolvição; Mensalão; Julgamento; Corrupção; Política

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2 Comentários

Paulo de Jesus adv23/08/2012 22:35 Responder

Acho que ao ser absolvido, o ex-ministro é caminho da absolvição de todos, melhor dizendo, todo são inocentes, deve ser reitegrado ao cargo Roberto Jefferson, concordão?

Cleiton Borges advogado 23/08/2012 22:47

Espero que este adv não seja de advogado, concordaM ?

Rafael V advogado 24/08/2012 10:02

heheheehheee é verdade... não deve ser, pois não sabe que: se não houverem provas em um processo criminal, absolvição é uma medida que se impõe... abraço

Eliseu Machado Funcionário Público Aposentado24/08/2012 12:45 Responder

Finalmente, JUSTIÇA FEITA!!! Inteligente TESE desse Ministro!!! É necessário dizer se gostei?

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