Juvenal - aquele que mata e mostra o pau
Sandra Mara Devincenzi da Silveira da Silva, Socióloga, Jornalista (DRT/RS 13.573), acadêmica de Direito. E-mail: sandrasilva33@yahoo.com.br
Sandra Mara Devincenzi da Silveira da Silva ( * )
As pessoas têm se aproximado com as primeiras manifestações de preocupação sobre a política em ano eleitoral.Nesses breves encontros de rua é difícil fazer um comentário mais profundo sobre tão delicada questão porque política é participação na vida comunitária, vivendo a administração como cidadão. Infelizmente os brasileiros ainda não têm esta formação cultural e acabam cruzando os braços para a organização social. Ainda assim estão fazendo política, consentindo com o que se apresenta.
É comum ouvirmos que a política é coisa suja, como se o exercício dessa atividade estivesse envolto em fétidas fezes. Sabe-se que dado às constantes descobertas de corrupção e escândalos com a coisa pública os indivíduos vão formando esse conceito de desmoralização. Mas não é a política que é suja ou devassa. A sujeira quem provoca são os homens (ou mulheres) que se utilizando do mecanismo o fazem para explorar, oprimir, humilhar e empobrecer a sociedade.
Quando alguns dizem que não fazem política estão negando uma ação humana, pois o homem não nasceu apenas para viver, mas conviver, isto é, relacionar-se com seus semelhantes. Toda a vez que ficamos olhando o comboio passar age-se irresponsavelmente, pois se deixa que outros façam as coisas, bem ou mal, que deveriam ser realizadas em conjunto. O velho refrão de quem se omite, consente, é bastante válido.
Há um rumor incessante de que tudo é politicagem. É preciso diferenciar o exercício da política com atitudes dessa vil natureza. A política tem por princípio o bem comum. A politicagem é o uso irresponsável, mesquinho e de má fé de quem se serve do povo em proveito próprio, enriquecendo ao arrepio da lei e sobre a boa fé do povo.
É oportuno dizer que o voto tem muito a ver com a política porque quando o cidadão vota está escolhendo quem tem compromisso com a vida em comunidade. Daí a responsabilidade desse ato e que nem sempre é realizado com perspicácia e sabedoria.
Votar bem é uma tarefa hercúlea porque há muitos disfarces e ilusões a enganar o desavisado eleitor. Votar pensando individualmente é abrir espaço para a opressão e exploração de todos. Vender o voto também é outro viés que causa prejuízos imensuráveis à sociedade. Quem troca o voto por alguma vantagem pessoal está fazendo a mesma politicagem daquele que está oferecendo o benefício espúrio.
Comprar voto ou aliciar os incautos é crime. Há lei para punir esses indivíduos, mas é preciso citá-los para que não permaneçam impunes.
A televisão, veículo de massas por meio dos canais abertos está instigando o eleitor através de um folhetim novelesco a fazer distinções. Copia a vida, nem sempre justa e decente.
Notas:
* Sandra Mara Devincenzi da Silveira da Silva, Socióloga, Jornalista (DRT/RS 13.573), acadêmica de Direito. E-mail: sandrasilva33@yahoo.com.br [ Voltar ]
wilma souto maior pinto advogada-professora direito24/06/2008 18:08
Quero não só cumprimentar a essa colega, pelo extraordinário artigo,e pedir licença para ratificá-lo "in totum". é exatamente ,a problemática que acontece .cujo espaço e oportuunidade não comportam comentários, PARABENS mesmo Sandrinha, colaboremos denunciando, esclarecendo, sempre que pudermos e enquanto!....