Justiça nega recurso e manda a júri 116 PMs envolvidos no massacre do Carandiru

A decisão, unânime, foi tomada terça-feira (9) pela 4ª Câmara Criminal do TJ (Tribunal de Justiça).

Fonte: Folha Online

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A Justiça de São Paulo negou um recurso e decidiu manter júri popular para 116 policiais militares acusados de envolvimento nas mortes de 111 presos da Casa de Detenção, em 1992, no episódio que ficou conhecido como massacre do Carandiru. A decisão, unânime, foi tomada terça-feira (9) pela 4ª Câmara Criminal do TJ (Tribunal de Justiça).

A defesa dos acusados ainda pode recorrer a instâncias superiores. O julgamento não tem data prevista.

Nenhum dos acusados pelo massacre foi preso. Entre eles, apenas um --o coronel Ubiratan Guimarães-- chegou a ser condenado, em 2001, a 632 anos de prisão por coautoria na morte de 102 dos presos e por cinco tentativas de homicídio. Ele recorreu da sentença em liberdade e, em 2006, a sentença foi anulada pela Justiça.

Coronel da reserva da Polícia Militar e deputado estadual, Ubiratan Guimarães, 63, foi morto a tiros em seu apartamento, nos Jardins (zona oeste de São Paulo), em setembro de 2006. A então namorada, a advogada Carla Cepollina, foi acusada pelo crime, embora sempre tenha negado envolvimento.

Massacre

Em outubro de 1992, 111 presos do Pavilhão 9 do Complexo Penitenciário do Carandiru (zona norte de São Paulo) foram mortos após a PM (Polícia Militar) ter invadido o local para conter uma rebelião.

Os PMs entraram na unidade sob o comando do coronel. O caso teve repercussão internacional.

A Casa de Detenção Carandiru foi desativada em setembro de 2002. Em dezembro daquele ano, três pavilhões foram implodidos, inclusive o 9.

Palavras-chave: Carandiru

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