Justiça decreta prisão de homem que confessou morte de idosos

Fonte: Folha Online

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A Justiça decretou a prisão temporária do desempregado Luiz Eduardo Cirino, 29, que se apresentou à polícia no domingo (19) e confessou ter assassinado a facadas os aposentados Sebastião, 71, e Hilda Tavares, 68. O crime ocorreu na última sexta-feira, na casa das vítimas, na rua Cayowaá, no Sumaré (zona oeste de São Paulo).

Vizinho das vítimas, ele disse que entrou na casa para roubar e que matou o casal porque houve reação. "Não sei [por que matei]. Entrei para roubar, não planejei nada", afirmou Cirino, no 23º DP (Perdizes). Ele disse estar arrependido.

Na ocasião do crime, também estavam na casa um dos filhos do casal, o escrevente Rogério Gonçalves Tavares, 42, encontrado ferido com um corte no pescoço, e a mãe de Hilda, Isaura, 93, que nada sofreu.

Cirino telefonou para a Polícia Militar e admitiu o assassinato. Combinou com os policiais que iria se entregar em frente à paróquia de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, que era freqüentada pelos aposentados. Ele entregou roupas sujas de sangue, uma máscara e uma faca que teriam sido usadas no crime.

De acordo com a polícia, o desempregado já tinha uma passagem por roubo. Na delegacia, ele afirmou ser usuário de maconha. Ele deverá responder por latrocínio (matar para roubar).

Crime

No momento da prisão, Cirino disse à Polícia Militar que chegou à casa das vítimas por volta das 2h30 de sexta-feira e esperou até que alguém abrisse a porta lateral.

Quatro horas depois, Hilda foi surpreendida por ele, já mascarado. Ela teria sido esfaqueada por desobedecer a ordem para não reagir. Em seguida, Sebastião, que tentou socorrer a mulher, também foi rendido.

Cirino disse que, após render o aposentado, seguiu para o quarto de Isaura e, ao perceber que havia uma pessoa no banheiro, arrombou a porta e feriu o escrevente. Foi então que o aposentado tentou fugir e pedir por socorro, mas também acabou morto a facadas.

No momento do crime, a irmã de Cirino viu um homem mascarado agredir Sebastião e avisou o porteiro de um prédio, que chamou a polícia, sem reconhecer o familiar.

Durante a fuga, Cirino deixou manchas de sangue em dois muros no trajeto até a sua casa.

Perfil

O casal de idosos encontrado morto nesta sexta era tido pelos vizinhos como calmo e amigável. Conforme uma vizinha ouvida pela Folha Online sob condição de anonimato, Sebastião seguia todas as manhãs, às vezes acompanhado da mulher, para o Santuário Nossa Senhora de Fátima do Sumaré, onde participava de uma missa.

Nos fins de tarde, os dois caminhavam lado a lado pelas ruas do bairro. Hilda tinha o hábito de cultivar orquídeas e margaridas, e mantinha um pequeno jardim em frente à sua casa.

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