Justiça concede liberdade para PMs que arrastaram Claudia Silva

Segundo magistrada, não é possível ter certeza se policiais sabiam que mulher caiu da viatura

Fonte: Estado de S. Paulo

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De acordo com informações divulgadas pelo portal de O Estado de S. Paulo, a Justiça Militar do Rio de Janeiro aceitou, nesta quinta-feira (20), o pedido de liberdade provisória para os três policiais militares presos por erros no socorro a Claudia da Silva Ferreira, de 38 anos, no último domingo (16). A decisão atende a parecer do Ministério Público Militar.


A autora da decisão foi a juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros. A magistrada afirmou que a manutenção da prisão cautelar é “mero adiantamento da pena a ser eventualmente imposta”. Segundo a juíza, não é possível concluir se os militares sabiam que Claudia estava sendo arrastada pelas ruas após a abertura da tampa do porta-malas da viatura.


Claudia foi baleada no último domingo, durante uma operação policial. Ela foi socorrida pelos três policiais e colocada no porta-malas do carro. Durante o trajeto para o hospital, a porta abriu e ela foi arrastada por cerca de 300 metros no asfalto. Claudia chegou morta ao hospital. O laudo do Instituto Médico-Legal apontou o ferimento do tiro como causa da morte.


Os três PMs foram presos em flagrante horas depois, por ordem do 9º Batalhão. Eles foram enquadrados no crime de "inobservância de lei, regulamento ou instrução", previsto no artigo 324 do Código Penal Militar. A pena máxima prevista é de um ano de detenção.


"Por mais fortes, chocantes e até mesmo revoltantes que sejam as imagens da senhora Cláudia já baleada, sendo arrastada no asfalto, presa ao reboque da viatura, (...) não é possível inferir que os policiais militares presentes na viatura conheciam tal circunstância e a ignoraram. Ao contrário, o que mostram as imagens é que a viatura parou e dois policiais desceram para a colocarem de volta no interior da viatura", escreveu a juíza.

Palavras-chave: justiça militar liberdade provisória

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1 Comentários

Rogerio Pereira de Moraes Gestor de Conflitos21/03/2014 18:19 Responder

Eles foram avisados pelas pessoas nas rua, conforme o jornal. Se é assim os bandidos que arrastaram o menino João Hélio também não se tem certeza : eles estavam em fuga e drogados.

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