Foi absolvida na manhã desta sexta-feira (20) pelo 1º Tribunal do Júri de Goiânia, M.B.G., acusada de matar o parceiro, C.R.F.. Para proferir tal decisão, o júri, presidido pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, reconheceu a tese de legítima defesa da ré. O julgamento faz parte do Projeto Júris em Faculdades que, desta vez, foi realizado na Faculdade Uni-Anhanguera.

Segundo os autos, em 24 de junho de 2009, por volta das 23h30, na pensão localizada na Rua do Café, quadra 21, lote 18, nº 59, no Setor Rodoviário, em Goiânia, a acusada, portando uma faca tipo peixeira, esfaqueou cinco vezes o parceiro C.R.F. que dormia na cama do casal, o que impossibilitou sua defesa. Após o ato ilícito, M.B.G. ligou para o amigo W.R. para que fosse até o local verificar se a vítima realmente estava morta. Na sequência, ambos chamaram um colega da pensão, M.J.S., para ajudar a retirar o corpo do quarto. Conforme a denúncia, os amigos da ré abandonaram o cadáver na Rua Maria Camelo, e logo depois do ato jogaram o colchão sujo de sangue e a faca utilizada no crime, na Rua da  Consolação.

Consta também na denúncia, que o casal mantinha uma relação amorosa há três anos e moravam juntos por apenas seis meses na pensão, onde ocorreu o fato criminoso. Na data mencionada, M.B.G. e C.R.F. ingeriram bebida alcoólica e começaram a discutir. No entanto, a  relação já estava conturbada há algum tempo, conforme relatado pelo MP-GO. A defesa da acusada argumentou que M.B.G. praticou o crime sob o domínio de violenta emoção, seguida de injusta provocação da vítima e pleiteou, alternativamente, a desclassificação para homicídio simples, com a exclusão da qualificadora. W.R. e M.J.S. tiveram a suspensão condicional do processo (que consiste na possibilidade de o acusado, para evitar o processo e eventualmente uma condenação, ser colocado em regime de prova durante certo período).