Guillermo Vega: globalização é desafio para a OIT

Vega participou hoje (01) pela manhã do painel sobre Efetividade dos Princípios da OIT, no Fórum Internacional sobre Direitos Humanos e Direitos Sociais realizado pelo TST.

Fonte: Notícias do Tribunal Superior do Trabalho

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O chileno Guillermo Perez Vega, principal especialista em Normas Internacionais da OIT para o Cone Sul, ressaltou a importância da OIT, enquanto organismo internacional, na proteção da qualidade do trabalho num mundo marcado pela globalização, em que as fronteiras nacionais se tornam menos definidas. Vega participou hoje (01) pela manhã do painel sobre Efetividade dos Princípios da OIT, no Fórum Internacional sobre Direitos Humanos e Direitos Sociais realizado pelo TST.

O especialista, que já foi vice-ministro do Trabalho no Chile, fez uma reflexão global sobre o papel da OIT e sobre as profundas mudanças que o mundo do trabalho vem sofrendo desde as últimas décadas do século passado ? ?talvez as mudanças mais profundas desde a Revolução Industrial?, na sua avaliação. ?Estamos vivendo uma transformação na forma clássica do trabalho e o surgimento de um modelo baseado na crescente integração à economia mundial e na máxima competitividade?, afirmou. Além dessas, há ainda as mudanças geradas pela incorporação dos rápidos avanços tecnológicos. ?A informática e a indústria cultural desenham uma sociedade tecnocrática e cibernética.?

Um dos aspectos relevantes do momento atual é que não existe (com exceção da Europa, com a União Européia) um processo político paralelo que acompanhe as mudanças que marcam o processo econômico da globalização. ?Ao longo da história, os processos econômicos sempre foram acompanhados pela intervenção dos estados nacionais, e isso não ocorre atualmente?, adverte Vega. Com isso, o papel da OIT se torna mais relevante na aplicação de normas de proteção ao trabalhador. ?A OIT é, por essência, um lugar de organização tripartite ? trabalhadores, patrões e Estados. É a única organização internacional que envolve, diretamente, a sociedade civil?, lembra Guillermo Veja.

Diante dos desafios e dificuldades que marcam a globalização ? entre eles o narcotráfico, o terrorismo, a revolução biotecnológica, os crimes contra a humanidade, o uso de armas químicas, todos eles desprezando as fronteiras clássicas entre os Estados ? retorna-se à necessidade de proteção especial ao trabalhador. A OIT assume, portanto, um papel de ponta na fiscalização e na cobrança da aplicações de suas convenções pelos Estados que as ratificaram.

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