Governo quer ir à Justiça contra denúncia de espionagem a ministros

Veja a íntegra da nota do ministro Gushiken sobre o caso.

Fonte: Folha Online, em Brasília

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O governo irá adotar medidas jurídicas contra os envolvidos na denúncia de que uma empresa particular de investigação estava espionando membros do primeiro escalão federal, conforme revelou hoje reportagem da Folha de S.Paulo. Alan Marques/FI

O ministro Luiz Gushiken (Comunicação de Governo) afirmou considerar ilegais esses procedimentos de espionagem, e disse que eles configuram um "flagrante desrespeito constitucional".

Gushiken é um dos citados como alvo da investigação em documentos obtidos pela Folha.

Segundo o ministro, a Polícia Federal e o Ministério da Justiça já estão acompanhando o assunto. Os dois órgãos, no entanto, não disseram se estão de posse de tais documentos.

O ministro também disse que "considera legítimo que os fundos de pensão das empresas públicas possam lutar para exercer plenamente seus direitos de controle sobre os recursos por eles administrados."

A empresa de investigação Kroll foi contratada pela operadora de telefonia Brasil Telecom para apurar questões relativas a um dos sócios da empresa, a Telecom Italia. Mas os documento entregues à Polícia Federal, segundo a reportagem, mostram que também foram investigadas as relações dos italianos com membros do governo. A Brasil Telecom informou que o alvo das investigações era apenas a Telecom Itália.

Segundo a reportagem, Gushiken teria sido envolvido na investigação por ter orientado os cinco fundos de pensão de estatais que são acionistas da Brasil Telecom --Sistel, Telos, Funcef, Petros e Previ-- a romper um acordo de acionista, que permite ao banco Opportunity controlar a companhia telefônica, mesmo sendo ele um sócio minoritário.

Veja a íntegra da nota do ministro Gushiken sobre o caso:

"Em relação à matéria publicada hoje pela Folha de S. Paulo, o Ministro Luiz Gushiken informa que:

a) considera ilegais os procedimentos de espionagem noticiados e irá adotar as medidas jurídicas pertinentes a essa ocorrência de flagrante desrespeito constitucional;

b) no âmbito do Governo, o assunto vem sendo acompanhado pela Polícia Federal e pelo Ministério da Justiça;

c) considera legítimo que os fundos de pensão das empresas públicas possam lutar para exercer plenamente seus direitos de controle sobre os recursos por eles administrados;

Brasília, 22 de Julho de 2004"

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