Fracassa tentativa de acordo entre bancários e Fenaban

Fracassou a tentativa de acordo entre a CNB-CUT (Confederação Nacional dos Bancários, ligada à CUT) e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).

Fonte: Folha Online

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Fracassou a tentativa de acordo entre a CNB-CUT (Confederação Nacional dos Bancários, ligada à CUT) e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).

Na reunião de hoje, que durou cerca meia hora, não houve acordo entre as partes sobre a campanha salarial dos bancários. Os dois lados não se encontravam para negociar desde o dia 21 de setembro.

O presidente da CNB-CUT, Vagner Freitas, acusou a Fenaban de "intransigência". "Tivemos uma negociação dura, com estresse e desentendimento. A Fenaban manteve sua postura intransigente."

Já o negociador salarial da Fenaban, Magnus Apostólico, disse que os bancários foram "desrespeitosos". "O clima ficou ruim. Vamos suspender [a negociação] para ver se os ânimos se acalmam. A CNB fez um discurso indevido, acusando a Fenaban de ser intransigente. Foi uma situação desrespeitosa."

No meio desse impasse, as partes decidiram suspender a reunião de hoje e tentar marcar uma nova negociação para amanhã. O problema é que nenhum dos lados deve mudar de posição até lá.

Segundo Freitas, os bancários querem 19% de reajuste salarial, abono de R$ 1.500 e pagamento de todos os dias parados na greve nacional da categoria --que durou 30 dias.

"Não adianta a Fenaban se manter intransigente. A proposta deles já foi rejeitada em assembléia. Os bancos vão ter de alterar o custo da proposta para chegarmos a um acordo", disse.

Mas Apostólico disse que a Fenaban não mudará a proposta já apresentada, que prevê 8,5% de reajuste e abono de R$ 30 para quem ganha até R$ 1.500 de salário mensal. "Já havíamos antecipado que não iríamos mudar a proposta. Aceitamos negociar para ver se eles [bancários] apresentavam uma proposta viável."

Mobilizações

Freitas, da CNB-CUT, disse que os sindicatos dos bancários do país devem realizar novas assembléias ao longo da semana para avaliar o rumo da negociação com a Fenaban. "Não descartamos a possibilidade de fazer novas mobilizações."

A greve nacional dos bancários --iniciada no dia 15 de setembro e suspensa em 14 de outubro-- foi a maior já realizada pela categoria. Chegou a 24 capitais do país e mobilizou cerca de 200 mil pessoas.

Segundo o sindicalista, as novas mobilizações poderão ser diferentes dessa greve. "Existem várias formas de mobilização. Podemos parar só por um dia. Podemos parar diferentes bancos por dia."

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