Fausto apóia campanha das centrais pela redução da jornada

A campanha tem à frente a Central Única dos Trabalhadores, a Força Sindical e outras quatro organizações sindicais.

Fonte: Notícias do Tribunal Superior do Trabalho

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Em apoio à campanha que seis centrais sindicais lançam hoje no País de redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Francisco Fausto, disse hoje (15) que a proposta, se for efetivada, será uma das alternativas para combater o desemprego no País. ?Os trabalhadores brasileiros trabalham mais do que os trabalhadores de países desenvolvidos?, ressaltou Fausto. Ele citou o caso do Japão (42,2 horas semanais, da Espanha (35,9 horas semanais) e da França (38,4 horas semanais). A campanha tem à frente a Central Única dos Trabalhadores, a Força Sindical e outras quatro organizações sindicais.

O presidente do TST também defendeu a redução da prestação de horas extras pelos trabalhadores brasileiros. ?Elas praticamente suprimem a possibilidade de novas empregos, além de representar a perda de saúde pelo excesso de trabalho?, afirmou. De acordo com as estimativas do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-econômicos, divulgadas pela CUT, se o tempo médio de trabalho no mercado formal for reduzido em 10%, ou seja de 44 para 40 horas semanais, e as horas extras forem coibidas, haverá abertura de pelo menos 1,8 milhão de novos postos de trabalho no País.

?Estou com as centrais nessa proposta, pois acho que é preciso reduzir a jornada de trabalho e, paralelamente, encontrar meio de impedir a realização indiscriminada de horas extras no País, que em alguns casos alcançam mais de 50% dos trabalhadores nas empresas?, disse o presidente do TST. Pelas estatísticas da Organização Internacional do Trabalho, de 1980 a 2001, houve redução da jornada em quase todos os países. As mais significativas foram na Coréia do Sul (de 51,6 para 47 horas/semana), Estados Unidos (43,3 para 40,6 horas/semana), Espanha (39,7 para 35,9 horas/semana), França (41,1 para 38,4 horas/semana) e Japão (46,8, em 1988, para 42,2 horas/semana).

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