Família continua esperando justiça por menor negro acusado injustamente por crime em São Paulo

Família luta pela liberdade de jovem negro acusado injustamente de um crime. O adolescente de 17 anos que, comprovadamente, permaneceu em sua residência, em São Caetano, do dia 12 de dezembro das 19:59h até as 6:42h do dia seguinte, segue com o mandado de prisão reiterado por um crime cometido as 23:30 e há 11km de distância de sua casa. A família está desesperada, em busca de justiça.

Fonte: Enviado por Rafaela Zampolli

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Reprodução: Pixabay.com

Um jovem de 17 anos que, comprovadamente, permaneceu em sua residência, em São Caetano, do dia 12 de dezembro das 19:59h até as 6:42h do dia seguinte, segue com o mandado de prisão reiterado por um crime cometido as 23:30 e há 11km de distância de sua casa


Um jovem negro de 17 anos suspeito de cometer uma tentativa de latrocínio, após o roubo de uma moto, continua com a prisão decretada mesmo com as câmeras de segurança da casa onde mora, em São Caetano, provando que ele estava lá, no dia 12/12 as 23:30h e há 11km de distância de onde o delito foi realizado.


De acordo com a advogada que defende o rapaz, Arismary G. Ruchinsque Jales, três dias depois do ocorrido,15 de dezembro, o adolescente estava na casa do pai no Jabaquara, quando foi abordado pela polícia militar que narra que o rapaz que estava com ele tinha uma chave compatível com a da motocicleta roubada na região deTuiuti, na Grande São Paulo, sendo que o menor que não tem moto também nega a posse da chave.


“As imagens da câmera de segurança da casa dele comprovam que, o menor chegou em casa as 19:59h, o alarme permaneceu acionado das 23:02h do dia 12/12 até as 6:42h do dia 13/12, e o crime foi cometido dia 12/12 as 23:30h. Ou seja, a única prova que a justiça tem para decretar e manter a prisão dele é o reconhecimento da vítima que afirma que o adolescente deu um tiro no momento do roubo. E, mesmo assim, dia 04 de maio tivemos outra audiência onde o mandado de prisão foi reiterado, a liminar negada e, seguimos aguardando o julgamento do habeas corpus que ainda não tem data definida”, conta Arismary. 


A madrinha do acusado, Ana Minuto, assim como a família, se sente impotente diante de tal acontecimento. “Eu conheço minimamente a lei, até porque sou promotora legal, faço um trabalho de conscientização, e ainda passamos por isso com meu afilhado. É preciso repensar e discutir sim a forma como a justiça lida com a questão racial. Quantos jovens nós perdemos nessa caminhada? A minha decepção e tristeza não é só pelo meu afilhado, mas por todas as pessoas negras que passam por isso”, desabafa.

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