Falso e-mail teria sido criado a pedido de desembargador para prejudicar jornalista

A delegada responsável pela investigação, Helen Sardenberg, informou que a fraude tinha a intenção de gerar uma indisposição dos desembargadores conta o repórter.

Fonte: Portal Imprensa

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Um e-mail falso em nome de um jornalista de O Globo teria sido criado por Thiago da Silva, técnico de informática que trabalhava em uma empresa que prestava serviços de suporte ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ - RJ), para encaminhar mensagens a desembargadores do estado. A delegada responsável pela investigação, Helen Sardenberg, informou que a fraude tinha a intenção de gerar uma indisposição dos desembargadores conta o repórter.

Segundo o jornal O Globo, o técnico de informática disse ao Departamento de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) que praticou a fraude a mando do desembargador Roberto Wider, para desvalorizar a credibilidade do jornalista.

O falso e-mail foi enviado em nome do jornalista Chico Otavio, um dos autores de uma série de reportagens, publicada pelo jornal em novembro de 2009, que ligavam Wider ao lobista Eduardo Raschkovsky, acusado de vender sentenças judiciais. As mensagens pediam para que os desembargadores ajudassem o jornalista a escrever uma nova matéria sobre outro desembargador, Luiz Zveiter, presidente do TJ, garantindo que as informações passadas seriam sigilosas.

As investigações começaram logo depois do envio do primeiro e-mail falso, no dia 10 de abril deste ano, e em pouco mais de um mês, a polícia conseguiu a quebra do sigilo eletrônico e uma autorização para interceptação eletrônica para chegar ao falsário. Thiago acessava a internet através do celular, e em uma conversa por telefone, o técnico se identificou.

Silva contou à polícia que havia realizado um serviço de instalação de rede Wi-fi na casa de Wider. Em janeiro deste ano, o desembargador teria pedido para que o técnico criasse uma forma de atrapalhar as investigações do jornalista para que ele fosse desacreditado no TJ, com o envio de e-mails anônimos.

Roberto Wider afirmou ao jornal que "não existe nada de real" na denúncia feita pelo técnico de informática, e que o caso foi criado para desmoralizá-lo. O desembargador tem foro privilegiado e só pode ser investigado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Um relatório foi entregue ao Ministério Público do estado (MPE-RJ), que irá enviá-lo à Procuradoria Geral da República.

Palavras-chave: e-mail

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