Ex-governador do DF presta depoimento na Justiça Federal

O juiz federal Alexandre Vidigal de Oliveira, da 20ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal, colheu depoimento do ex-governador do DF, José Roberto Arruda, na tarde do último dia 06/05. O autor da ação é o Ministério Público Federal.

Fonte: JFDF

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O juiz federal Alexandre Vidigal de Oliveira, da 20ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal, colheu depoimento do ex-governador do DF, José Roberto Arruda, na tarde do último dia 06/05. O autor da ação é o Ministério Público Federal. Arruda é acusado de cometer atos de improbidade administrativa praticado, em 2000, por ocasião da violação do painel eletrônico de votação do Senado Federal enquanto era senador.

Em seu depoimento, o então governador do DF afirmou que, na noite anterior à sessão do Senado para cassação do senador Luiz Estevão, ele recebeu, a pedido do então senador Antônio Carlos Magalhães, em sua residência, a então diretora do Prodasen, Regina Célia. Durante o encontro, Arruda retratou à Regina que o referido senador estava preocupado em relação à segurança do sistema de votação da sessão do dia seguinte.

O depoente também declarou que não pediu à Regina a lista de votação da sessão do dia seguinte. Informou apenas que, durante a mesma conversa, indagou a ela se, no momento das votações secretas, seria possível imprimir alguma lista ou se era possível visualizar no monitor, detalhes da votação, que é secreta. Segundo o ex-governador, após o encontro não manteve mais nenhum contato com a então diretora do Prodasen.

Arruda também afirmou que, no dia seguinte, após a votação, recebeu de seu chefe de gabinete envelope entregue pela então diretora do Prodasen destinado ao senador Antônio Carlos Magalhães. O depoente abriu o envelope para conhecer o conteúdo, e aí, então, teve conhecimento de se tratar de uma possível lista de votação. Após ter ciência do conteúdo do material, dirigiu-se, imediatamente, ao gabinete do senador supracitado.

No depoimento, Arruda declarou que não teve a percepção de estar cometendo ato ilícito no momento em que conheceu o conteúdo de uma votação, que era secreta, pois, segundo ele, o que lhe coube valorar foi o fato de saber que a votação tinha sido segura do ponto de vista técnico.

O então governador do DF era o último réu do processo a ser ouvido. Além dele, há outros quatro acusados. Caso seja condenado, possíveis penalidades aplicadas pelo juiz são o ressarcimento ao Erário dos valores que vierem a ser calculados em liquidação de sentença, a perda do cargo público, inelegibilidade por cinco anos, proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.

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