O juiz Adegmar José Ferreira, da 10ª Vara Criminal de Goiânia, condenou o feirante Ronaldo de Sousa Silva a 31 anos e 5 meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, por prática de estupro, atentado violento ao pudor e roubo. Também foram acusados pelos mesmos crimes o menor D.R.I. - que já está cumprindo medida socioeducativa de internação - e Washington Moreira de Jesus, que está foragido. A promotora Gislene Silva Barbosa antecipou que apelaria da sentença ainda hoje por considerar que a pena deve ser cumprida em regime integralmente fechado, já que são de crimes hediondos.

De acordo com denúncia do Ministério Público (MP), no último dia 5 de junho, por volta das 22 horas, no Jardim Curitiba II, os três renderam o aposentado F.M.S mediante uso de uma arma de fogo e adentraram sua casa, onde se encontravam sua mulher, a dona de casa E.B.C, de 37 anos, e a filha adolescente do casal. O aposentado havia saído de casa apenas para comprar sanduíches para família e, ao retornar sob a mira do revólver, foi obrigado a assistir ao estupro de sua esposa pelos três rapazes, que também praticaram atentado violento ao pudor contra ela. Eles ainda a obrigaram a, entre outras coisas, praticar sexo oral com eles.

Durante todo o tempo, E.B.C permaneceu em silêncio, pois a filha menor encontrava-se dormindo no quarto ao lado e ela não queria acordá-la com seus gritos, com medo de que, ao aparecer, ela também fosse atacada pelo grupo. Estranhando a passividade e o silêncio da dona de casa, Ronaldo teria, num dado momento, comentado que ela estava "calma demais", ocasião em que se apossou de uma vassoura e tentou introduzir o cabo do objeto no ânus da vítima. Nesse momento, E.B.C, não mais resistindo à dor, ofereceu resistência, sendo brutalmente surrada por isso. Após violentar a vítima, o grupo fugiu do local levando consigo um aparelho de DVD e um telefone celular. (Patrícia Papini)