Empresa é condenada a pagar R$ 5,5 milhões à União

A pedido do MPF, a empresa e seu ex-diretor-presidente foram condenados por malversação de recursos repassados pelo Finor na década de 90

Fonte: MPF

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A Justiça Federal condenou as Indústrias Químicas Xilolite, localizadas em Brumado (BA), a 654 km de Salvador, e o espólio de seu ex-diretor-presidente José Roberto Camargo a devolverem mais de R$ 5,5 milhões à União por malversação de recursos repassados pelo Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor) na década de 90. A decisão é fruto de uma ação ordinária de reparação de danos, proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) em Vitória da Conquista. Como Camargo faleceu em setembro de 2010, a sentença deve ser executada a partir de seu espólio – o conjunto de bens deixados aos seus herdeiros.


A ação, ajuizada pelo MPF em 2010, é baseada em investigações iniciadas em 2000, que já resultaram na criação de uma comissão parlamentar de inquérito e inclusive em uma ação civil pública por improbidade administrativa, de autoria do MPF, contra os mesmos réus. A decisão atual atende ao pedido de reparação do prejuízo causado aos cofres públicos, cujo valor - cerca de R$ 5,5 milhões – ainda deve ser atualizado monetariamente.


As investigações do MPF foram motivadas por denúncias da imprensa sobre possíveis casos de superfaturamento e utilização de notas ficais frias na aplicação de recursos do Finor, o que ficou comprovado posteriormente. Por conta disso, o MPF concluiu que o dinheiro público investido na Xilolite, em vez de colaborar para a elevação do padrão de vida e emprego na região nordeste, significou o desperdício de recursos, em razão do desvio de mais de 5,5 milhões de reais.


Finor - Criado pelo Decreto Lei nº 1.376/1974, o fundo visa proporcionar mais eficácia na canalização de recursos destinados a financiar o desenvolvimento da região Nordeste, Norte de Minas, Vale do Jequitinhonha e Norte do Espírito Santo. No entanto, de acordo com a justificativa para instalação da CPI do Finor, até o ano 2000 a má aplicação dos recursos públicos do fundo já havia acarretado um prejuízo de 532 milhões de reais e mais de 457 projetos financiados já tinham sido extintos, abandonados ou falidos.

 

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1 Comentários

Adevaldo Pereira corretor de imóvel e estudade de direito20/06/2013 0:06 Responder

Esta é uma das tantas e outras situações praticadas por uma minoria contra àqueles que nada têm, e quando surgem oportunidade de ter (emprego, padrão de vida), aparece um corrupto e os roubas de forma dolosa como algo normal. Imagino quantas pessoas não deixou de usufruir se tivesse aplicado corretamente tais recursos . Isto também não é violência? Ao meu ver é! E ajustiça tem por dever reaver cada centavos aos cofres públicos.

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