Em nota, PSDB nega ter participado de acordo para CPI não convocar políticos

No documento, Aécio, diz que o PSDB lutou pela instalação da CPI Mista e agora tem de "ir a fundo na apuração do chamado ‘petrolão’ e na responsabilização de todos que cometeram eventuais crimes"

Fonte: Agência Senado

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O PSDB divulgou na quinta-feira (6) nota oficial, assinada pelo senador Aécio Neves (MG), negando ter participado de qualquer tratativa para evitar investigações da CPI Mista da Petrobras.


No documento, Aécio, que é presidente do partido, diz que o PSDB lutou pela instalação da CPI Mista e agora tem de "ir a fundo na apuração do chamado ‘petrolão’ e na responsabilização de todos que cometeram eventuais crimes, independentemente da filiação partidária".


A nota é uma resposta à decisão tomada na comissão de inquérito de não convocar por enquanto agentes políticos para prestar depoimento. Na última quarta-feira (5), o relator da comissão, deputado Marco Maia (PT-RS), disse que os líderes partidários chegaram a um acordo em virtude do tempo curto de trabalho e "da falta de densidade das denúncias", visto que os parlamentares ainda não tiveram acesso à delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa:


- Por conta do prazo exíguo, tivemos um acordo aceito por todos de que não trataríamos, neste momento, de convocações de ninguém da política, o que inclui tesoureiros de partidos, dirigentes e parlamentares. Não teríamos prazo hábil para fazer as convocações e ouvir a todos, então fizemos essa opção política – justificou.


Segundo ele, o caminho escolhido foi dar prioridade a todos aqueles que têm relação direta com o objeto de investigação da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.


– São pessoas com algum tipo de relação com Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef. Foi uma opção política – explicou.


No mesmo dia em que a CPI decidiu pela não convocação, o senador Aécio Neves discursou em Plenário defendendo o o aprofundamento das investigações e a punição dos envolvidos no caso.


Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef são acusados de operarem esquema bilionário de desvio de dinheiro público na Petrobras. Os dois fizeram acordo de delação premiada e colaboram com a Justiça na tentativa de reduzir suas penas.


A CPI Mista volta a se reunir na próxima terça-feira (11) para ouvir o gerente de Contratos da Petrobras, Edmar Diniz Figueiredo. Os parlamentares devem analisar também mais requerimentos pendentes de votação.


Íntegra


Veja a íntegra da nota do PSDB:


"O PSDB não pactua com qualquer tipo de acordo que impeça o avanço das investigações da CPMI da Petrobras.


Lutamos pela instalação da CPMI. Temos de ir a fundo na apuração do chamado ‘petrolão’ e na responsabilização de todos que cometeram eventuais crimes, independentemente da filiação partidária.


Essa é a posição inarredável do PSDB.


Brasília, 6 de novembro de 2014


Senador Aécio Neves


Presidente Nacional do PSDB"

Palavras-chave: PSDB Políticos

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1 Comentários

Jesualdo Macena Menezes Economista10/11/2014 19:29 Responder

A nota subscrita pelo presidente do PSDB, senador Aécio Neves, deve ser cumprida e a cobrança deve ser implacável. Nada de desculpas esfarrapadas. O povo a corrobora. O ex-presidenciável angariou quase metade dos votos válidos no pleito presidencial. Um dos seus principais argumentos, durante os debates, girou em torno desse famigerado e pernicioso escândalo. Incumbe-lhe tal responsabilidade. Tem força política para tal. A sociedade quer e, mais do que isso, ela exige. E assim age por direito.

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