Sob a presidência do juiz Jesseir Coelho de Alcântara, o 1° Tribunal do Júri de Goiânia condenou nesta segunda-feira (21) o eletricista José Nilson de Lima, de 34 anos, a pena de 16 anos de prisão, em regime inicialmente fechado. Os jurados acataram tese do promotor de Justiça João Teles de Moura Neto, para quem José matou a facadas a sua ex-mulher, Cícera Prudente de Araújo, por motivo torpe e com surpresa.

Na decisão, o júri rejeitou argumento do advogado da Procuradoria de Assistência Judiciária Ramon Cândido da Silva, que sustentou redução de pena por homicídio privilegiado, cometido por relevante valor moral e no momento em que o réu estava sob domínio de violenta emoção, após ter sido provocado injustamente por Cícera. A exclusão das qualificadoras foi outro pedido do defensor negado pelo Conselho de Sentença.

De acordo com o Ministério Público (MP), o homicídio ocorreu em 1º de janeiro de 2005, às 16h40, no Parque das Amendoeiras, em Goiânia. José e Cícera viveram juntos durante a cerca de oito anos, período em que nasceram três filhos. O ciúme excessivo e as agressões do eletricista foram a causa da separação do casal.

Ainda segundo o MP, José não se conformou com a decisão da mulher e tentou reatar o relacionamento, ocasião em que chegou a ameaçá-la se isso não fosse feito. Na tarde do crime, ele a encontrou acompanhada dos dois filhos mais velhos e a acompanhou até a casa dela. Quando chegaram ao local, o eletricista esfaqueou Cícera na frente das crianças e fugiu logo em seguida. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu dentro da residência.