Dirigentes do Google vão responder a denúncia de pedofilia no Orkut.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia aprovou, nesta quinta-feira (3), requerimentos de convocação do diretor-presidente do site de buscas Google no Brasil, Alexandre Hohagen, e do diretor de comunicação, Félix Ximenes, para prestar depoimento na próxima quarta-feira (9), às 9h.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia aprovou, nesta quinta-feira (3), requerimentos de convocação do diretor-presidente do site de buscas Google no Brasil, Alexandre Hohagen, e do diretor de comunicação, Félix Ximenes, para prestar depoimento na próxima quarta-feira (9), às 9h.
Os senadores querem ouvir os dois sobre denúncia do presidente da ONG SaferNet Brasil, Thiago Tavares Nunes de Oliveira, de que o site de relacionamento Orkut, pertencente ao Google, abrigaria mais de três mil endereços com material de pornografia infantil. Essas páginas contam com um sistema de segurança que só permite serem vistas por pessoas autorizados por seus criadores.
Os diretores do Google já haviam sido convidados para falar à CPI mas, alegando outros compromissos, não compareceram. Mais cedo, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos entrou em contato com o presidente da comissão, senador Magno Malta (PR-ES), informando ter sido contratado como advogado do Google.
Já na próxima terça-feira (8), a comissão terá reunião com o procurador Sérgio Suyama, do Ministério Público Federal em São Paulo, que já catalogou centenas de páginas do Orkut com material de pedofilia, cujo conteúdo é restrito a pessoas autorizadas pelo criador do perfil da comunidade. O Google tem-se recusado a abrir as páginas para investigação policial, sob o argumento de que elas pertencem aos seus criadores. Os membros da CPI da Pedofilia pretendem pedir a quebra do sigilo dessas páginas e, com isso, investigar e denunciar os seus criadores.
- A CPI quer o Google como parceiro. Obviamente o Google também não concorda com pedofilia em suas páginas - comentou Magno Malta.
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, comprometeu-se a colaborar com a CPI, indicando, inclusive, pessoas do Judiciário que têm tratado de pedofilia e crimes pela Internet. O pedido foi feito pelo presidente da CPI, senador Magno Malta, pelo relator, Demóstenes Torres (DEM-GO) e vice-presidente, senador Romeu Tuma (PTB-SP) nesta quinta-feira (3).
