Deputado usa auxílio-moradia para comprar seu apartamento
Além de Bosco, outros 12 deputados já solicitaram o reembolso garantido pelo benefício em fevereiro
Um mês depois da aprovação do auxílio-moradia mesmo para os parlamentares que moram em Belo Horizonte ou em cidades da região metropolitana, apenas um deputado nessa situação solicitou a verba extra de R$ 2.800 à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Bosco (PTdoB) registrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter 50% de um apartamento no Cidade Jardim.
A explicação é polêmica. A assessoria de Bosco afirma que ele precisa do recurso porque seu apartamento é financiado. O dinheiro recebido é usado para quitar as prestações. Isso significa que, ao contrário dos que usam a verba para pagar um aluguel, Bosco ainda terá o benefício de, ao final de tudo, ficar com a casa comprada pelo dinheiro do contribuinte mineiro.
Além de Bosco, outros 12 deputados já solicitaram o reembolso garantido pelo benefício em fevereiro. Nenhum deles, no entanto, declarou possuir imóvel em Belo Horizonte. Chamam mais a atenção as situações de Doutor Jean Freire (PT) e Celinho do Sinttrocel (PCdoB). O petista votou contra o auxílio nos dois turnos. O comunista reprovou a ideia na segunda votação, depois de ter sido a favor na primeira. Eles, no entanto, sempre se posicionaram contrariamente ao recebimento do benefício por quem é da capital, o que não é o caso deles.