Se não formos capazes de nos manter unidos na busca de resultado maiores, em favor da democracia, por conseguinte, de todo o povo brasileiro; se nos dividirmos e, nos agredindo uns aos outros, deixarmos que a raiva gaste as nossas energias positivas, nos induzindo a reações emocionais, o tempo vai dizer que fomos tolos, patetas, arrogantes e burros.
Esta análise, do presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Edson Vidigal, foi citada em um discurso feito pelo deputado Simão Sessim (PP-RJ), falando sobre a necessidade de se manter a verdadeira harmonia e união entre os três Poderes da República, como forma de consolidar a verdadeira democracia.

Em seu discurso o deputado lembrou que o ministro Vidigal, ex-deputado federal entre 1979 a 1983, foi vereador cassado e depois preso pelo golpe militar de 64, na sua cidade natal de Caxias, no Maranhão, destacando que é bacharel em direito, advogado, jornalista com passagem pelos importantes veículos de comunicação, sendo também professor universitário, acrescentando que o ministro foi assessor da Presidência da República para assuntos do Judiciário e do Ministério Público e atuou também como Procurador do Espírito Santo.

E Sessim destacou: "Talvez por isso mesmo entenda o ministro que a beligerância, a agressão, a contumélia entre nós, homens públicos, não ajudam em nada. Ao contrário, conforme bem frisou, serve sim para tirar o sossego da República, que precisa atuar com independência e harmonicamente entre os Poderes".

O deputado disse que ficou sensibilizado com a colocação do president5e do STJ, em seu discurso de posse, quando destacou que a Justiça deve ser, antes de mais nada, um instrumento realizador da paz, de forma que o Judiciário possa buscar a conciliação e estimular as soluções alternativas dos conflitos, prosseguindo: "O presidente do STJ entende que nós, que optamos pela vida pública, em um dos três poderes da República, temos sim de nos comportar com a consciência de que somos indissociáveis parceiros e que só podemos fazer o melhor para todos neste país se nos unirmos, nos preservando juntos com o mesmo ideal de Justiça Social".

Concluindo o deputado Simão Sessim acrescentou: "Eis, portanto, um exemplo vivo de maturidade humana a nos dizer ou nos lembrar que somos todos uma República pacifista, comprometida com os direitos humanos, com a autodeterminação dos povos, com a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e de quaisquer outras formas de discriminação social, religiosa ou política".