CPI ouve indiciados por tráfico de armas no RS

Fonte: Câmara dos Deputados

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A CPI que investiga o tráfico de armas continua hoje as audiências que realiza no Rio Grande do Sul desde ontem para ouvir envolvidos no comércio ilegal de armamentos, investigadores e representantes de clubes de tiro.

Entre os depoimentos previstos para hoje estão:

- o delegado da Polícia Civil de Santa Cruz do Sul, Luciano Fernandes Menezes;

- o médico Carlos Henrique Gross, indiciado em inquérito da Polícia Civil de Santa Cruz do Sul;

- o médico Paulo César Gross, também indiciado em inquérito da Polícia Civil de Santa Cruz do Sul;

- o presidente do Tiro 4 Clube Gaúcho de Caça e Pesca, Edson Garrastazu;

- o presidente da Federação Gaúcha de Tiro Prático do Estado do Rio Grande do Sul, José Carlos Duarte; e

- o oficial responsável pelo Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da Terceira Região Militar do Estado do Rio Grande do Sul, Carlos Roberto Pacheco de Melo.

As audiências começam às 9 horas e serão realizadas na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.

Indentificação de armas

Ontem, o 3º vice-presidente da CPI, deputado Neucimar Fraga (PL-ES), anunciou que a comissão vai sugerir mudanças no processo de identificação das armas para dificultar práticas como a raspagem dos códigos. "Temos que dificultar a raspagem do registro das armas. Pelo que nós conversamos com as pessoas que trabalham na linha de produção, é possível termos a identificação da arma em locais mais difíceis de serem raspados, dificultando a ação daqueles que, com facilidade, encontram arma, fazem a respagem e utilizam para o crime."

Neucimar Fraga, juntamente com outros oito parlamentares, visitou ontem a empresa de armamentos Taurus, em Porto Alegre. O grupo parlamentar esteve na capital gaúcha para conhecer o processo de fabricação e comercialização de armas e ouvir autoridades e jornalistas sobre o assunto. Segundo Fraga, a visita garantiu, entre outras coisas, informações sobre os mecanismos utilizados para a identificação do armamento.

Comércio na fronteira

Os parlamentares da CPI ouviram também repórteres do jornal Zero Hora, que viajaram para a fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai e a Argentina. Os jornalistas foram conferir como funciona o comércio de armas naquela região. Segundo Neucimar Fraga, os jornalistas constataram que é muito fácil a comercialização de armas na fronteira do Brasil com os dois países. ?Não há dificuldade para um brasileiro chegar em uma cidade vizinha, no Uruguai, comprar um AR-15, uma metralhadora, munição e entrar no Rio Grande do Sul?. O deputado informou que os jornalistas descobriram que, depois da primeira compra, os clientes podem fazer os pedidos até por telefone.

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