Controladores condenados por motim

As penas variam de dois meses a dois anos. Porém, todos os condenados poderão recorrer da decisão em liberdade. O apelo será feito ao Superior Tribunal Militar.

Fonte: Veja Online

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A Justiça Militar condenou nesta quinta-feira oito controladores de vôo do Cindacta-4 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Manaus, acusados de promover o motim que interrompeu as operações aéreas no país no dia 30 de março de 2007. Os militares foram condenados pelos crimes de publicação ou crítica indevida, desrespeito a superior e incitamento à desobediência, à indisciplina ou à prática de crime militar.

As penas variam de dois meses a dois anos. Porém, todos os condenados poderão recorrer da decisão em liberdade. O apelo será feito ao Superior Tribunal Militar.

Os sargentos Lisandro Koyama, Alex Gonçalves Sá, Daniel Tavares de Lima, Walber Sousa Oliveira, Wilson Aragão, Wendelson Pereira Pessoa e Michael Rodrigues perderam seus cargos. Já o sargento Rivelino Paiva continua em seu posto. Todos negaram os crimes.

O motim desencadeado pelos militares foi um dos momentos mais graves da crise do setor aéreo do país, detonada pelo acidente com o Boing da Gol, em 2006, que caiu no norte do Mato Grosso, matando 154 pessoas, após chocar-se com o jato Legacy. Na ocasião, um protesto nacional dos controladores de vôo parou 49 aeroportos do país. Milhares de passageiros tiveram suas viagens canceladas e lotaram os saguões de embarque.

Em Manaus, os militares fizeram greve de fome dentro do Cindacta-4. Eles protestavam contra a sobrecarga de trabalho, falhas nos equipamentos e defasagem tecnológica nos centros de controle. Além disso, concederam entrevista aos jornais expondo o fato de terem que controlar até 20 aviões em vôo por hora ? o número máximo, de acordo com regras internacionais de aviação, é de 14.

Palavras-chave: controlador

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2 Comentários

Maria José advogada19/07/2008 21:16 Responder

Os controladores expuseram os problemas do setor aéreo e foram condenados por falar a verdade. Se isso é motim, então como ficaríamos sabendo a verdade? Entendo que não foi feita justiça nessa decisão.

sebastiao.diniz@vivax.com.br ADVOGADO - ADMINISTRADOR - RESERVA MILITAR21/06/2010 13:49 Responder

Meu parecer, se é que valha a pena, é uma grande injustiça feita contra os controladores de voo. São seres humanos como qualquer ser civil, são honestos, otimos chefes de familia, responsaveis no desempenho da profissão. Entretanto, há longo tempo, são privados do reconhecimento salarial. Na verdade submissos escravos que despontaram para o limiar da tolerancia. Haja visto que nas demais profissoes do Governo existe profissoes que não precisam se preocupar os horrores da inflação, pois tem seus vencimentos resguardados, inclusive quando cometem faltas gravissimas são aposentados com os vencimentos integrais. Alem de que estes beneficios são estendidos a outras categorias por isonomia, até mesmo nas esferas estaduais e Municipiais. O militar alem de não poderem fazer greves, são espoliados na suas liberdades de manifestação. Verdadeiros escravos de uma disciplina imposta sob o prisma de uma Constituiçaõ desumana. Porque ela nao respeita seus proprios dogmas do mesmo direitos para todos. Devemos lembrar que a lei da chibata morreu apenas no papel, pois na pratica vemos o contrario. Nossos Generais, Nosso Ministro da Defesa, todos tem suas prerrogativas e garantia contra as agruras da vida, pois são verdadeiras estacas inertes diante do desespero das aspirações militares. Finalizando, mesmo quando o governo faça reajustes nos vencimentos militares, o fazem depois da humilhação das esposas dos militares se humilharem em praça publica pedindo a melhora do alimento do dia a dia e de querer tratadas com igualdade no seio da familia de servidores publicos. Enfim, querem apenas igualdade segundo a Bendita Constituição que preconiza o igualdade diante da lei. Onde estã esta igualdade se o militar não pode se manifestar. Como manifestar na pratica? Pois, já manifestaram aos seus incompetentes Comandantes sua aspirações. Enfim, é uma tremenda bobagem, extravar os sentidos da justiça. Pau neles ate que um dia repetirão as consequencias da LEI DA CHIBATA.

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