Construção de uma sociedade livre passa pela garantia dos direitos LGBT
Neste 28 de junho, o dirigente da entidade também destacou que a luta pelos direitos da comunidade gay “deve ser permanente, para que se alcance a conscientização da sociedade sobre a importância do combate à LGBTfobia, com vistas à construção de uma sociedade livre de preconceitos e discriminações, independentemente do gênero”.
O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+ foi definido pelo presidente nacional do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Sydney Limeira Sanches, como “o marco histórico do movimento e data símbolo da luta contra a violência e a opressão decorrentes da orientação sexual e da identidade de gênero”. Neste 28 de junho, o dirigente da entidade também destacou que a luta pelos direitos da comunidade gay “deve ser permanente, para que se alcance a conscientização da sociedade sobre a importância do combate à LGBTfobia, com vistas à construção de uma sociedade livre de preconceitos e discriminações, independentemente do gênero”.
Também foi da necessidade de combater a opressão social aos LGBTQIAPN+ que nasceu a celebração. A data foi escolhida porque nesse mesmo dia, em 1969, um confronto entre policiais e manifestantes marcou o bairro de Greenwich Village, em Nova York (EUA). Agentes de segurança invadiram o bar gay Stonewall Inn, que ficava na região, para acabar com o funcionamento do local. Na época, a legislação oprimia rigidamente os homossexuais, mas eles resistiram à investida policial para impedir o fechamento do clube. No mesmo 28 de junho, a Rua Christopher, onde o Stonewall era localizado, foi tomada por mais de 2 mil pessoas que pediam por liberdade.
A luta ainda é uma pauta atual, mais de seis décadas depois dos fatos. No Brasil, por exemplo, a comunidade gay ainda é alvo de crimes bárbaros. O País é há 13 anos consecutivos o lugar em que mais se matam pessoas transexuais no mundo. Os dados também são alarmantes quando tratam do grupo LGBTQIAPN+ como um todo: 228 pessoas homossexuais foram assassinadas no Brasil só no último ano, de acordo com pesquisa divulgada pelo Observatório de Mortes Violentas contra LGBTQI+. A solução para a existência segura da comunidade passa pela garantia de direitos do grupo, que, segundo Sanches, é “o único caminho para abolir as estruturas patriarcais e machistas marcadas pelo privilégio de gênero”.