Brasília, 29/10/2004 - Vários conselheiros federais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) manifestaram repúdio ao atentado cometido contra o escritório do ex-presidente da OAB de Pernambuco e atual conselheiro federal da entidade pelo Estado, Aluísio José de Vasconcelos Xavier, que foi metralhado com 28 tiros de pistola às 3h10 da madrugada desta quinta-feira (28). O presidente da Comissão Nacional de Defesa e Valorização da Advocacia da entidade e conselheiro federal também por Pernambuco, Ademar Rigueira, considerou inadmissível que um advogado de credibilidade e atuação exemplar seja vítima de um atentado com o claro objetivo de coação.

?Não existe qualquer justificativa plausível que não a de coação em virtude do caráter e da índole de Aluísio Xavier. Foi um atentado, uma ameaça, uma coação em virtude de sua atuação profissional e nós não podemos admitir que um advogado seja ameaçado no exercício de sua profissão?, afirmou Ademar Rigueira, que quer tomar todas as medidas necessárias para chegar à autoria do atentado. Ele pede punição exemplar da polícia aos criminosos.

?Entendo que esse não foi um atentado apenas contra o advogado Aluísio Xavier, mas um atentado contra a advocacia brasileira e contra o Estado Democrático de Direito?, afirmou o presidente da Comissão Nacional de Defesa e Valorização da Advocacia do Conselho Federal da OAB.

Já o conselheiro federal e advogado criminalista Alberto Zacharias Toron classificou o atentado ao escritório do advogado de Pernambuco como estarrecedor para a classe e para a cidadania brasileira. ?É estarrecedor que um atentado tão covarde e atroz tenha se perpetrado contra uma das figuras mais representativas da advocacia do Brasil?.