Conheça os perigos dos aplicativos instalados no seu celular e como evitá-los

Por Ronaldo Bach, prof. Faculdade Mackenzie Brasília.

Fonte: Ronaldo Bach

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Reprodução: Pixabay.com

Você tem um celular e adora baixar novos aplicativos? Cuidado! Cada aplicativo instalado no celular pode ser uma fonte de informações para pessoas mal-intencionadas. Pode ser uma ameaça em potencial, o que inclui também o sistema operacional instalado.


Por vezes, o sistema operacional do celular precisa ser atualizado em função de falhas de segurança identificadas. Quando uma é identificada, ela costuma ser amplamente divulgada e formas de invasão para sistemas desatualizados são difundidas. Essa é a razão da necessidade que eles estejam sempre atualizados.


Mas, essas são algumas das vulnerabilidades possíveis em celulares e afins. Cada aplicativo instalado é uma nova fonte potencial de fragilidade na segurança. Caso o próprio app traga com ele risco identificado à segurança, ele será divulgado e a tendência é de que seja lançada uma atualização do aplicativo. Assim, pode-se entender o motivo pelo qual os sistemas operacionais e os aplicativos instalados necessitam ser atualizados sempre: É para nossa própria segurança.


Mesmo quando atualizados, os aplicativos podem trazer riscos desconhecidos. Os melhores apps dos melhores fornecedores estão sujeitos a falhas. Ter sido instalado a partir de lojas de aplicativos oficiais apenas aumenta a garantia, mas não exclui a possibilidade de que uma nova vulnerabilidade esteja presente. Assim sendo, sempre implica em menos risco instalar e utilizar aplicações de origem tradicional, de empresas conhecidas.


Com muito mais razão, ao se instalar aplicativos de origem duvidosa, a possibilidade de vulnerabilidades aumenta potencialmente. Isso acontece porque algumas pessoas de má-fé criam aplicativos com a finalidade principal de coletar dados dos usuários, às vezes até de forma legal. Assim, o usuário para ter acesso a determinado serviço renuncia à sua própria privacidade ao aceitar certos termos de acordo.


Com isso, devemos tomar especial cuidado com aplicativos de origem duvidosa ou desconhecida, aqueles sem atualização disponível por muito tempo ainda que nos ofereçam alguma funcionalidade. Trata-se de custo/benefício provavelmente desvantajoso.


Em outras palavras, um desenvolvedor mal-intencionado pode disponibilizar um aplicativo que até pode ser útil, mas eventualmente ter sido feito com a intenção de coletar dados de seu aparelho com ou mesmo sem o seu consentimento. Há a possibilidade ainda de ter a permissão de acessar a sua rede com alguns privilégios, com riscos eventualmente indesejados ou não imaginados pelo usuário.


Assim sendo, dados de contatos, fotos e outros dados considerados sensíveis podem ser capturados de seu terminal e utilizados por exemplo para dar golpes.


De posse de dados pessoais, fotos, eventualmente sua localização, de amigos ou familiares, cartões, identificações como CNH ou outras identidades; golpistas podem dispor de muitos meios para que contenham casos críveis pedindo dinheiro para algum conhecido ou façam compras em com seu cartão. Se tiverem acesso a aplicativos bancários e senhas conseguem fazer transferências, empréstimos em seu nome e outras modalidades de golpes. Inclusive, tentar abrir contas em seu nome com a finalidade de fazer empréstimos.


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Diante de tantos riscos, convém não deixar senhas nos celulares, desinstalar aplicativos que não estejam sendo utilizados ou sem expectativa de uso próximo, pensar se realmente vale a pena instalar aquele aplicativo dispensável em seu celular ou tablet (ou mesmo PC). Se precisar, o ideal é que se instale, use e desinstale em seguida, se não há expectativa próxima de uso.


Aplicativos bancários e de compras costumam ficar ainda mais seguros com cuidados como estes. Você acaba ganhando tranquilidade com estes pequenos cuidados. Às vezes, o sistema operacional de seu dispositivo pode comportar aplicativos de defesa como antivírus. Esses são dos poucos aplicativos que convém estar sempre instalados, pois diminuem nossos riscos.


Evitar deixar senhas salvas no seu terminal é outro cuidado desejável, sendo importante considerar imprescindível arquivos com listas de senhas que podem ter proteção especial, como a necessidade de digitar um pin para acessar tais dados. Nessas hipóteses, use maiúsculas, minúsculas, números, caracteres especiais e evite senhas muito curtas.


Cuidado ao dar acesso a aplicativos. Pergunte-se para que querem estes dados. Se for imprescindível, tente oferecer acessos mais limitados possível: pode haver um aplicativo querendo te vigiar, te fotografar, querendo saber sua localização, realizar gravação ambiental de som, tudo sem nenhum bem para o dono do dispositivo.


Também é importante não escrever nos contatos expressões como mãe, pai, amor, filho, neto, vô, vó; ações que podem nos livrar de golpes. Escreva apenas seus nomes nas listas de contato. Mesmo uma foto já é capaz de chamar atenção e indicar proximidade. Cuidado ainda com postagens em redes sociais: elas podem ser investigadas a partir de seu próprio telefone e os dados utilizados para dar e potencializar golpes.


Aproveite seu telefone, tablet ou computador. Ao serem tomados determinados cuidados você vai poder aproveitar o potencial dos dispositivos mantendo maior segurança e tranquilidade.


*Ronaldo Bach, é professor da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília (FPMB) lecionando sobre Direito Tributário Especial e Direito Digital. Coordena a LLM na FPMB LLM em direito digital e cibernético. Ele é advogado, consultor, negociador internacional e doutorando em Direito, Estado e Constituição


Sobre a Faculdade Presbiteriana Mackenzie - O Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM) é a entidade mantenedora e responsável pela gestão administrativa da Universidade Presbiteriana Mackenzie nos campi São Paulo, Alphaville e Campinas, das Faculdades Presbiterianas Mackenzie em três cidades do País: Brasília (DF), Curitiba (PR) e Rio de Janeiro (RJ), bem como das unidades dos Colégios Presbiterianos Mackenzie de educação básica em São Paulo, Tamboré (em Barueri - SP), Brasília (DF) e Palmas (TO). Além do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie Paraná (Curitiba), que presta mais de 90% de seu atendimento a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e integra o campo de estágios da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR).

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