CCJ aprova, com mudanças, projeto que regulamenta uso de algemas
Os senadores que integram a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovaram nesta quarta-feira (20), em turno suplementar e em decisão terminativa, mudanças ao projeto de lei que regulamenta o uso de algemas pelas autoridades policiais.
Os senadores que integram a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovaram nesta quarta-feira (20), em turno suplementar e em decisão terminativa, mudanças ao projeto de lei que regulamenta o uso de algemas pelas autoridades policiais. As alterações, sugeridas pelo autor da matéria, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), disciplinam os casos de abuso na utilização de algemas para contenção de presos e, segundo Demóstenes, estão adequadas ao conteúdo da 11ª Súmula Vinculante, aprovada na quarta-feira passada (13) pelo Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com o estabelecido pela Suprema Corte, o uso de algemas ficará restrito a casos de resistência, de risco de fuga do preso e de ameaça à integridade física dos envolvidos na operação policial.
Conforme lembrou Demóstenes, o projeto original (PLS 185/04) e o substitutivo oferecido por José Maranhão (PMDB-PB) detalhavam casos em que o uso de algemas era permitido, mas apresentavam lacunas que poderiam ser usadas contra a ação da autoridade policial, o que gerou diversas manifestações de membros do Ministério Público, da magistratura e da Polícia Federal. Para atender aos apelos desses setores e evitar o problema, explicou o senador por Goiás, o texto aprovado pela CCJ suprime o artigo que trata das situações em que o emprego de algemas é autorizado.
- Em vez de disciplinarmos as situações em que o preso pode ser algemado, especificamos os casos de abuso. Em vez de dizermos quando a algema pode ser usada, dizemos quando não pode ser usada. Dessa forma, estamos mantendo o espírito original, que se coaduna com a súmula do STF - frisou ele.
O texto aprovado veda o emprego de algemas como forma de castigo; quando o investigado se apresentar espontaneamente à autoridade policial; e por tempo excessivo. Os senadores também acolheram a recomendação de que as algemas sejam usadas preferencialmente nos punhos e que outras formas de contenção de presos sejam adotadas apenas em situações excepcionais.
As mudanças propostas por Demóstenes receberam a aprovação do relator ad hoc na CCJ, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE). Conforme ressaltou o parlamentar por Sergipe, o projeto aprovado pela CCJ e a súmula aprovada pelo Supremo Tribunal Federal têm objetivos semelhantes: evitar o uso abusivo das algemas.
- A intenção é acabar com a pirotecnia em torno das operações de prisão. O acusado, quando for o caso, deve ser algemado, mas isso deve ser feito dentro das regras estabelecidas em lei - afirmou Valadares.
No mesmo sentido, os senadores Valter Pereira (PMDB-MS), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Antonio Carlos Júnior (DEM-BA) manifestaram apoio ao texto aprovado.
lalamrck meira Bel em Direito21/08/2008 0:47
Pior que o uso de algemas, é o fundo do camburão, principalmente com o pneu de socorro solto(será que ficaram com medo, que as algemas poderiam atingir o alto clero) ninguem se preocupava com as algemas dos menos favorecidos...(um lembrete ) súmula já é vinculante. Gostei do ex-militar que após, atirar em sua ex mulher o qual a mantinha como refém, só se entregou, após exigir que só sairia para delegacia com carro particular..Dispensou o uso das algemas e da viatura(o próximo sairá de learjet) Assim, vai Fernandinho-beiramar(que chique) e viva as olimpíadas...