Caso João Roberto: PMs se calam durante interrogatório

O cabo e o soldado respondem por homicídio duplamente qualificado e duas tentativas.

Fonte: TJRJ

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Os dois policiais militares acusados de matar o menino João Roberto Amorim Soares, de 3 anos, no dia 6 de julho, na Tijuca, Zona Norte da cidade, ficaram calados durante a audiência para interrogatório realizada nesta quarta-feira (dia 6 de agosto) no 2º Tribunal do Júri do Rio. O soldado Elias Gonçalves da Costa Neto e o cabo Willian de Paula ouviram o juiz Paulo de Oliveira Lanzellotti Baldez fazer a leitura da denúncia, mas, orientados por seus advogados, usaram do direito constitucional de permanecer em silêncio.

Durante a audiência, seria exibido um vídeo com imagens do fato gravadas por uma câmera de um prédio. Isso não foi possível, por causa da má qualidade do material. O juiz deferiu então um pedido do Ministério Público Estadual para que o DVD seja enviado para o Instituto de Criminalística Carlos Éboli, a fim de ser feita perícia que viabilize a exibição das imagens no Tribunal.

A próxima fase do processo contra os dois policiais, que estão presos preventivamente, será a apresentação, no prazo de três dias, de defesa prévia por parte dos advogados. Depois disso, o juiz marcará a audiência para a produção de prova de acusação, quando serão ouvidas as testemunhas indicadas pela promotoria.

De acordo com a denúncia do MP, o menino João Roberto morreu ao ser atingido por tiros disparados pelos dois policiais, do 6º BPM (Tijuca), que confundiram o carro de sua mãe, Alessandra Amorim Soares, com o dos bandidos. O cabo e o soldado respondem por homicídio duplamente qualificado e duas tentativas.

Palavras-chave: João Roberto

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2 Comentários

Ricardo Func. Público (Bacharel e operador do Direito)08/08/2008 11:20 Responder

Que absurdo estão fazendo com os PM´s, foi sem querer... os caras não iriam atirar se soubessem que o carro fosse de uma familia! Se fosse os bandidos no carro os PM´s seriam condecorados, etc... Tá certo que o preparo da força policial do Rio esta péssima, teriam mesmo que fazer cursos com as forças armadas, afinal lá o estado é de guerra! Para o estado do Rio de Janeiro ficar bom, já que lá é um lugar belíssimo, deveriam retirar todos os cariocas, mandar pro norte ou nordeste (plantar!) e deixar os paulistas tomar conta! A ROTA (Policia de verdade!) iria dar um jeito nos marginais!

susana contadora08/08/2008 12:28 Responder

é lamentável o episódio ocorrido, mas está correto o procedimento da justiça, pois o serviço do pólicial deve ser feito com responsabilidade , controle emocional e certeza absoluta dos atos que praticam, pois se não ficam matando os que devem e os que não devem a troco de banana.

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